Capital

Professor acusado de estupro pode ficar preso enquanto até processo ser julgado

Jorge Almoas e Danúbia Burema | 11/02/2011 16:59
Delegada Aline Lopes disse que provas são suficientes para provar autoria do estupro (Foto: João Garrigó)
Delegada Aline Lopes disse que provas são suficientes para provar autoria do estupro (Foto: João Garrigó)

O professor de 45 anos acusado de ter estuprado um aluno de 11 anos em uma escola estadual do bairro Oliveira II em Campo Grande ficará detido enquanto o processo é julgado. O pedido de mudança de prisão temporária (válida por 30 dias) para preventiva – enquanto durar o processo – será feito pela delegada Aline Lopes, que investiga o caso.

A delegada afirma que as provas contra o professor são suficientes para a Polícia Civil, que concluiu o inquérito nesta sexta-feira. O professor foi indiciado por estupro de vulnerável, por conta do crime ter sido cometido contra menor de 14 anos.

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), responsável pela investigação, se disse satisfeita com as provas.

“As provas são suficientes e não resta dúvida sobre a autoria do estupro”, confirmou a delegada Aline Lopes, que iniciou a investigação no dia 4 de fevereiro.

O professor morou em outros três Estados antes de Mato Grosso do Sul e não tem antecedentes criminais. Antes de lecionar Língua Portuguesa por um ano, o homem de 45 anos era monitor na mesma escola pelo período de três anos.

O inquérito tem como provas laudos psicológicos e psiquiátricos do menino de 11 anos, além do depoimento de testemunhas indiretas ouvidas pela polícia.

As testemunhas disseram ter visto a vítima saindo mais tarde da escola e, em algumas ocasiões, chorando. O menino de 11 anos também prestou depoimento e manteve uma linha de raciocínio direta e não se contradisse em todas as vezes em que foi ouvido.

O depoimento da vítima é rico em detalhes e relata os episódios em que o professor teria ameaçado o aluno com um revólver para que a criança fizesse sexo oral no homem. No entanto, outros alunos foram ouvidos pela polícia e disseram que ficavam depois da aula, de castigo, mas que não foram alvo de abusos por parte do professor.

“Os alunos disseram que ficavam fazendo tarefa”, complementou a delegada. Além disso, os alunos relataram que a vítima não teria motivos para ficar de castigo, pois era um aluno exemplar.

O Campo Grande News ouviu funcionários da escola que afirmaram ficar na porta das salas, aguardando o término das aulas para limpar, o que não daria tempo para que os abusos fossem cometidos.

A polícia também fez buscas na casa do professor, com base em mandado de busca e apreensão, e não encontrou a arma que ele teria usado para ameaçar o menino de 11 anos ou material pornográfico com caráter de pedofilia.

O acusado de ter estuprado o aluno está detido na Defurv (Delegacia de Furtos de Veículos) e a Depca já solicitou transferência para o Presídio de Trânsito. Depois que o caso veio a público, a delegacia recebeu outras duas denúncias, mas essas não se confirmaram.

Hoje, uma terceira vítima foi apresentada à polícia e a delegada afirmou que uma investigação será iniciada.

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