Primeiro dia útil do ano é de fila nos bancos e campo-grandense pagando conta
Nem as promoções nas lojas foram chamariz para clientela
Nem parece que um ano se iniciou. Se não fosse pela extensa fila nos bancos, a movimentação seria típica de um pós feriado qualquer. Nas ruas o clima já não é mais de festa. Ainda não eram 11h da manhã e a fila já mostrava como o primeiro dia útil de 2012 começaria, com pagamento de contas.
“Fiquei esperando e isso porque cheguei antecipado. Mas está bom, paguei conta e recebi salário, já é um bom começo de ano”, comenta o auxiliar de estrutura metálica Luzivaldo Balbino dos Santos, 32 anos.
Para por as contas em dia não precisa nem estar na própria cidade. Em frente a uma agência bancária, o corretor de imóveis Edson Soares, 35 anos, aguardava chegar a vez na fila. Ele veio da Paraíba passar as festas de fim de ano em Campo Grande.
“Estou com a senha 29, tem que enfrentar fila né... É assim que a gente começa o ano”, fala.
Na avenida Afonso Pena, a banca de jornais credenciada para receber contas ostentava uma fila ainda maior do que os bancos, isso porque as agências já tinham aberto. Esperando chegar a vez para pagar, o comerciante Adão Carlos da Silva, 53 anos, tinha nas mãos vários boletos bancários.
“Seria melhor receber do que pagar né, mas fazer o que... Está tudo meio parado, mas acho que é início de ano mesmo, que é só pagar conta”, fala.
O gerente da banca viu a movimentação contrariar a expectativa, principalmente em relação ao começo do ano passado. De portas abertas desde às 7h30 da manhã, mais de 100 pessoas já haviam pago contas no local.
“O normal é estar bem devagar e hoje contrariou, está bem diferente. O burburinho das pessoas... O primeiro dia após o feriado é sempre devagar, o pessoal ainda está em ritmo de festas, mas acho que também é por hoje ser segunda-feira”, ressalta.
Nem as promoções nas lojas foram chamariz de clientes. A gerente Graziela Oliveira, 27 anos, esperava que o movimento fosse de troca, mas nem isso foi. “O pessoal ainda não acordou para o Ano Novo, está tudo tão calmo”, comentou.
Na rua 14 de Julho, cenário de andar intenso de pedestres indo às compras, o ritmo ainda era lento. “Tudo meio devagar, acho que o pessoal só veio pagar conta, não dá para fazer mais nada em começo de ano”, diz Gardison Alves, 49 anos, que está desempregado.