Capital

Presos de manifestação em caixa d’água serão transferidos para o interior

Medida leva em consideração a integridade dos internos, uma vez que eles podem sofrer represálias por conta da ação desta manhã

Liniker Ribeiro | 13/07/2018 13:23
Internos em cima de caixa d'água durante manifestação (Foto:Saul Schramm)
Internos em cima de caixa d'água durante manifestação (Foto:Saul Schramm)

Os três internos responsáveis pela manifestação da manhã desta sexta-feira (13), em cima de uma caixa d’água no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), serão transferidos para unidades de segurança no interior do estado. Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), as transferências vão acontecer conforme logística de segurança.

O trio irá se juntar aos presidiários que, conforme cronograma, já estavam previstos para transferência. No caso dos detentos do protesto, a transferência ocorrerá levando em conta a integridade física de cada um, até mesmo em relação a outros internos.

Para a Agepen, como a ação de hoje tumultuou a rotina de todo o instituto, os três podem sofrer represálias por parte dos internos. O protesto chegou ao fim após pouco mais de quatro horas. Pela manhã, equipes da administração do IPCG, do Cope (Comando de operações penitenciárias da Agepen) e da Polícia Civil, estiveram no local prestando apoio e participando das negociações.

Até mesmo o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi acionado, mas acabou não sendo necessária a intervenção das equipes, pois os detentos desceram do reservatório antes mesmo de dar início a novas negociações. Representantes dos Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também participaram.

Manifestação – Três presos subiram na caixa d’água da IPCG, pouco antes das 8h. Os detentos passaram a manhã protestando, afirmando que estariam sofrendo maus-tratos dentro da unidade. O grupo também alegou estar há mais de 10 dias sem comer e sem cuidados básicos com a saúde.

Todos os argumentos do trio foram rebatidos pela Agepen. De acordo com a instituição, os internos recebem três refeições por dia, assim como o acompanhamento com um médico é mantido normalmente. Como os presos conseguiram ter acesso ao reservatório será investigado.

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