Capital

Presos com 1t de maconha, traficantes fingiam ser de empresa de sinalização

Grupo usava uniforme na cor laranja e com faixas refletivas; droga era soldada em caminhão para burlar fiscalização

Liniker Ribeiro e Aletheya Alves | 06/09/2019 17:28
"Uniformes" na cor laranja eram usados por suspeitos de tráfico indicando que grupo seria funcionário de empresa de sinalização (Foto: Marina Pacheco)
"Uniformes" na cor laranja eram usados por suspeitos de tráfico indicando que grupo seria funcionário de empresa de sinalização (Foto: Marina Pacheco)

Quatro pessoas foram presas em flagrante, na manhã de ontem (5), em Dourados – a 233 quilômetros da Capital – suspeitas de integrarem grupo que se passava por funcionários de uma empresa de sinalização para traficar drogas. Pouco mais de uma tonelada de maconha, além de dois veículos, foram apreendidos. A polícia ainda procura por um quinto suspeito, considerado foragido.

De acordo com a Polícia Civil, a chefe da quadrilha, identificada como sendo Ângela da Silva Souza, de 35 anos, era a pessoa responsável por captar a droga vinda diretamente do Paraguai. Em seguida, os entorpecentes eram entregues a um morador de Dourados, identificado como sendo Odair Francisco de Souza, de 39 anos, que estocava a droga em casa.

Conforme o delegado Hoffman D'Ávila Cândido e Sousa, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), o grupo vinha sendo observado há pelo menos 10 dias, até que o papel de cada um fosse descoberto.

Caminhão usado para transporte da droga estava com adesivo de sinalização (Foto: Marina Pacheco)

Além de Ângela e Odair, foi preso Thiago Alves da Silva, de 32 anos. Ele teria sido contrato pelo dono da casa onde a droga e o caminhão que seria usado para transportar o material para soldar os entorpecentes no veículo. No momento da chegada da polícia ao local, pelo menos 400 quilos de maconha já haviam sido preparados para viagem.

A polícia agora procura por um homem, de 40 anos, que teria sido contrato por Ângela, pela quantia de R$ 15 mil, para ser batedor. Ele seguiria até São Paulo, para onde a droga seria levada. Segundo o delegado, já foi expedido mandado de prisão do suspeito, mas ele não foi localizado.

O mesmo rapaz ainda teria contratado uma pessoa para também fazer o servido de batedor. Este seria João Batista, de 52 anos, quarto preso durante a Operação Omega. Conforme Hoffman, João seria a única pessoa que não confessou participação no esquema.

Para tentar despistar a polícia, o grupo utilizava uniformes na cor laranja e com faixas refletivas se passando por funcionários de uma empresa de sinalização. Até o caminho usado para estocar a droga recebeu adesivos com a escrita “Sinalização”, indicando que seriam trabalhadores na rodovia.

Ao todo, 1,4 tonelada de maconha foi apreendida. Os quatro presos, o caminhão em que a droga seria transportada e uma caminhonete que seria usada pelos batedores foram trazidos para Campo Grande.

Caminhonete apreendida que seria usada por batedores (Foto: Marina Pacheco)
Hoffman D'Ávila Cândido e Sousa, delegado (Foto: Marina Pacheco)
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