Capital

Preso no interior de SP, cunhado de ex-secretário já está na Polícia Federal

Paulo Yafusso | 11/05/2016 20:12
Todo material apreendido está na sede da PF, para a realização de perícia (Foto: Divulgação Polícia Federal)
Todo material apreendido está na sede da PF, para a realização de perícia (Foto: Divulgação Polícia Federal)

Já está na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Campo Grande o material apreendido em empresas localizadas em Tanabi (SP) e Maringá (PR). Os policiais trouxeram também o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, dono da empresa Terrasat Engenharia e Agrimensura, com sede em Tanabi. Ele seria sócio do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, outro preso na Operação Fazendas de Lama.

Está sendo aguardado ainda a chegada do que foi apreendido em Presidente Prudente (SP) e Curitiba (PR). Na cidade paulista, o mandado de busca e apreensão foi cumprido na empresa Encalso, que executa serviços em Mato Grosso do Sul. Nas cidades do Paraná, a informação é de que também as apreensões foram feitas nas sedes de empresas que venceram licitações no Estado para realizar obras rodoviárias e que são alvos da investigação da Lama Asfáltica.

Não foi informado se o empresário Flávio Henrique Garcia já prestou depoimento. Pelo que foi apurado, ele é cunhado de Edson Giroto e a empresa dele teria sido favorecido no certame em que foi contratado para fazer a manutenção de estradas pavimentadas e não pavimentadas em Nova Andradina, a 297 km de Campo Grande. O contrato é de R$ 10.375.039,80.

A Operação Fazendas de Lama mobilizou 201 policiais federais, 28 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e 44 da Receita Federal. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens. Essa é a segunda fase da Lama Asfáltica, deflagrada no dia 9 de julho do ano passado.

Nas duas fases da investigação foram apurados o desvio de R$ 44 milhões por meio de superfaturamento, fraudes em licitação e pagamento por serviço não executado ou feito com qualidade abaixo do contratado. Segundo os investigadores, o dinheiro era “lavado” principalmente em compra de imóveis, especialmente fazendas.

Dos 15 presos na Fazendas da Lama, três mulheres conseguiram ontem à noite o cumprimento da prisão temporária em regime domiciliar. Os homens continuam nas celas da Denar (Delegacia Especialização de Repressão a Narcóticos)

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