Capital

Preso homem que forçou vítimas a jogar roleta-russa em "tribunal do crime"

Geovane Silva foi condenado pelo crime em janeiro de 2023

Por Dayene Paz | 13/03/2025 07:13
Preso homem que forçou vítimas a jogar roleta-russa em "tribunal do crime"
Objetos usados na tortura apreendidos com grupo na época dos fatos. (Foto: Divulgação / BPM Choque)

A Polícia Militar chegou a localização de Geovane Silva de Jesus, de 27 anos, condenado pela Justiça por torturar dois homens no chamado "tribunal do crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital), crime ocorrido na madrugada do dia 23 de fevereiro de 2022, em Campo Grande. Na época, os dois homens foram obrigados a fazer roleta-russa na cabeça um do outro e foram resgatados pela polícia no Jardim Centro Oeste. 

RESUMO

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A Polícia Militar prendeu Geovane Silva de Jesus, 27 anos, membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) condenado por participar de um "tribunal do crime" em Campo Grande. O criminoso, que possui extensa ficha criminal, foi sentenciado a dois anos e sete meses de prisão em regime fechado por torturar duas vítimas em fevereiro do ano passado. O caso ocorreu após as vítimas furtarem uma residência na favela da Homex. Como punição, foram submetidas a sessão de tortura que incluía roleta-russa, onde foram forçadas a atirar na cabeça uma da outra. O grupo de sete criminosos, incluindo Geovane, mantinha contato com presidiários aguardando autorização do "juiz do crime" para executar as vítimas. A polícia chegou a tempo de impedir as mortes, encontrando as vítimas amarradas e sendo espancadas. Os torturadores utilizavam diversos instrumentos como machadinha, machado, faca e arma de fogo. Todos os envolvidos já foram condenados pela justiça.

Geovane agiu com outros seis comparsas, que torturaram as vítimas, apontadas como autoras de furto na região conhecida como invasão da Homex, no Centro Oeste. Então, acabou condenado em janeiro do ano seguinte ao crime, a dois anos e sete meses de prisão, em regime fechado. Além disso, Geovane tem passagens criminais por tráfico de drogas, roubo, porte de arma, lesão corporal e furto. 

Ontem, equipe da PM estava em diligências no Bairro Guanandi, quando abordou um grupo, que ficou nervoso com a aproximação da viatura. Ao checar os abordados, foi constatado que havia mandado de prisão em aberto no nome de Geovane. Ele foi preso e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol. 

Relembre o caso - Tudo começou depois de as vítimas de tortura cometerem furto na residência de um dos suspeitos. Eles entraram na casa de Felipe da Penha Davalos, na favela da Homex, e levaram vários itens, que foram vendidos para compra de droga. 

Três dias depois, foram abordados por Wellynton Luiz da Silva Sanchez e Romário Bezerra Lopes, que queriam os pertences de volta. As vítimas foram colocadas em um veículo HB20 e conseguiram recuperar alguns deles. Depois, foram levadas até um imóvel na favela, onde começou a tortura para dizerem onde estavam os outros pertences furtados. 

Segundo a polícia, Romário fez roleta-russa, um jogo de azar em que se coloca uma bala no revólver, gira o tambor e atira. Em determinado momento, Romário deu o revólver na mão das vítimas, que foram obrigadas a disparar contra a cabeça uma da outra. 

A todo momento, de acordo com as vítimas, o grupo ficava em ligação com presidiários esperando o aval do "juiz do crime" para matá-las. No entanto, o Batalhão de Choque chegou a tempo de impedir. 

Ao chegar na frente do local indicado, os policiais encontraram Geovane Silva de Jesus armado com uma faca, sentado e fazendo vigia. Ouviram também gemidos e gritos vindos de dentro do imóvel, então entraram. No local, os militares flagraram seis homens espancando as duas vítimas, sentadas e amarradas com as próprias camisetas. Uma delas teve o cabelo cortado. Os suspeitos estavam armados com instrumentos variados, com machadinha, machado, faca, ripa de madeira e arma de fogo. 

Foram presos: Wellynton, Romário, Geovane, Filipe Lima dos Santos, Douglas de Arantes do Nascimento, Pedro Henrique de Almeida Guimarães e Felipe da Penha Davalos. Para a polícia, os sete presos negaram que estavam agredindo as vítimas, afirmando que os populares sabiam que cometiam pequenos furtos e apenas estavam pressionando para que dissessem onde estavam os pertences furtados da casa de Felipe.

Todos os envolvidos já foram condenados pela justiça.

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