Capital

Prêmio Gestão Escolar exalta modelo de escolas integrais e promove intercâmbio

Helton Verão | 24/09/2012 17:45

As duas escolas de ensino integral, no Rita Vieira e no Paulo Coelho Machado, tiveram seu ensino destacados

Nelsinho e Puccinelli exaltaram momento da educação no Estado (Foto: Rodrigo Pazinato)
Nelsinho e Puccinelli exaltaram momento da educação no Estado (Foto: Rodrigo Pazinato)

Com um auditório lotado, foi entregue na tarde desta segunda-feira (24), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, o Prêmio Gestão Escolar 2012, aos finalistas de Mato Grosso do Sul.

O prêmio se destaca como um dos mais relevantes instrumentos de mobilização e de autoavaliação das escolas públicas brasileiras, tendo como principal objetivo a melhoria da gestão e qualidade do ensino. Os participantes foram avaliados em cinco dimensões de gestão: pedagógica, resultados educacionais, participativa, de pessoas e de serviços e recursos.

A vencedora deste ano foi a escola municipal Professora Iracema Maria Vicente, na divisa dos bairros Rita Vieira e Itamaracá, em Campo Grande.

O governador André Puccinelli e o prefeito Nelson Trad Filho, marcaram presença na premiação e simbolizaram de forma bem humorada a disputa entre as escolas estaduais e municipais.

“Empatar eu aceito, agora perder não aceito não, se preparem porque no ano que vem quero dar uma lavada” prometeu arrancando risos da plateia, o governador Puccinelli.

Também disse que, diferente dos “teimosólogos”, acredita que a premiação é essencial para incentivar o ensino, lembrando dos seus tempos, quando ganhava bolas de “gude” por um bom desempenho escolar.

“Nosso foco era bater de frente com o ensino do Colégio Militar, todo ano eles ganhavam todos os prêmios possíveis relacionados a educação. Se tinham 20 medalhas, todas eram conquistadas por alunos deles. Neste ano as escolas estaduais venceram 14 disputas e eles nove”, ressaltou o governador.

O prefeito Nelsinho, foi mais sério e critico em seu discurso, chegando a reclamar das acusações de candidatos a prefeitura da Capital.

“Todo vitorioso tem de ser generoso, ouvi as opiniões de candidatos da oposição, a Capital aderiu ao Bolsa Universitária e a escola em tempo integral, projetos oferecidos pelos adversários. Mas na hora de colocar mãos a obra, eles se escondem na sombra”, comentou Nelsinho.

Finalizou lembrando do processo de adaptação das escolas em tempo integral da Capital, que imaginava que o período da manhã era de estudos, e o da tarde era de fazer educação física, e que se enganou ao estudar como funcionava.

“Ao visitar várias escolas que já eram em tempo integral pelo país, descobri que a metodologia era outra. Tivemos que nos preparar para isso”, contou o prefeito.

Vanda revela fórmula que rendeu título escola (Foto: Rodrigo Pazinato)

A fórmula -A diretora da escola Iracema Maria Vicente não conseguia esconder a felicidade pelo prêmio. Além do ensino integral, exaltou as atividades oferecidas pela escola, relacionadas as pesquisas sobre o dia a dia.

“Incentivamos as crianças a levarem pesquisa para casa e trazer resultados, tais como a doenças, asfalto, transporte, problemas públicos que começaram ser abordados pelas crianças”, revelou Vanda Luchesi.

Vanda já tem planos para a premiação do ano que vem. “Os pais irão participar o ensino dos filhos, vão responder a questionários sobre problemas enfrentados em casa e na região onde moram”, planeja.

A secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Nilene Badeca da Costa, exaltou esta edição do Prêmio Gestão Escolar, constatando um aumento de escola participantes em 100%, mas que ainda acha pouco.

“No Estado foram 119 escolas participando, o dobro que a edição anterior, mas ainda é pouco, queremos triplicar este número”, almeja a secretária.

Todos os diretores das escolas vencedores dos 26 Estados, mais o Distrito Federal, irão embarcar no próximo dia 5 para os Estados Unidos, para conhecer como funciona o ensino em tempo integral nas escolas do país.

Em novembro as finalistas de todo Brasil disputam o Prêmio Destaque Brasil, em São Paulo. As seis escolas finalistas do País, além do diploma de destaque nacional, recebem R$ 10 mil cada. A selecionada como primeira colocada ganha R$ 30 mil e o título de Referência Brasil. Os prêmios em dinheiro não são cumulativos.

Os outros finalistas - Na ordem os demais finalistas estaduais e suas classificações nesta edição: Escola Estadual Vespasiano Martins, Amambai; Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso, Dourados; Escola Estadual José Alves Ribeiro, Rochedo; Escola Estadual Frei João Damasceno, Caarapó; Escola Municipal Vereador Odércio Nunes de Matos, Naviraí.

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