Capital

Prefeitura remove últimos vagões abandonados da Orla Ferroviária

Corredor gastronômico foi inaugurado em 2012 e não tem previsão de ser revitalizado

Adriel Mattos | 10/01/2022 08:55
Local onde estava vagão abandonado. (Foto: Mariely Barros)
Local onde estava vagão abandonado. (Foto: Mariely Barros)

A prefeitura de Campo Grande removeu no domingo (9), os dois últimos vagões abandonados da Orla Ferroviária. As estruturas foram retiradas por uma equipe da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana).

Os vagões estavam entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Barão do Rio Branco e serviam de abrigo para moradores em situação de rua e usuários de droga. O corredor gastronômico foi ativado em 2013, quando nove vagões foram alugados a comerciantes, por valores de R$ 1.200 a R$ 2 mil. 

Nas cores verde e vermelha, os vagões eram dotados de infraestrutura básica: banheiro, cozinha e instalações de energia elétrica, água e esgotamento sanitário. Gradualmente abandonados, os vagões foram ocupados por usuários de drogas e incêndios se tornaram recorrentes. A partir de 2019, a maioria das estruturas foi retirada. 

Remoção foi no domingo. (Foto: Reprodução/Instagram)

Com custo de R$ 4,8 milhões, a Orla Ferroviária foi inaugurada em dezembro de 2012. O corredor e estende por 900 metros, da Avenida Afonso Pena, a partir da Morada dos Baís, até a Avenida Mato Grosso.

Um contêiner, sem identificação, serve de base da Guarda Civil Metropolitana. Com um agente, a base parece tentativa para inibir vandalismo contra o Monumento da Maria Fumaça, uma locomotiva de 20 toneladas, que chegou à Avenida Mato Grosso com a Calógeras em 2018.

Sem futuro – O crônico abandono da Orla Ferroviária entra em 2022 sem previsão de melhoras. “Realmente, não está sendo bem aproveitada, mas não tem nenhum projeto de novos investimentos”, afirma o titular da Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fiorese.

Na região, o único projeto previsto é a reforma da Praça Aquidauana. A orla também não deve virar rua ou estacionamento. “Teve essa discussão, mas a Agetran [Agência Municipal de Transporte e Trânsito] entende que o pavimento ali, o petit-pavé, não foi feito para trânsito de veículos”, diz o secretário. 

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