Capital

Prefeitura quer instalar “Centro de Inovação” inspirado em Barcelona

Projeto vanguardista já foi aplicado em Santa Catarina e abriga espaços que pensem projetos de conhecimento de ponta, liguem investidores, pesquisa e empresas

Izabela Sanchez | 26/04/2019 11:02
Media Tic, um dos edifícios do distrito 22@Barcelona (Foto: Divulgação)
Media Tic, um dos edifícios do distrito 22@Barcelona (Foto: Divulgação)

A Catalunha, uma das regiões da Espanha, era uma economia industrial com inspiração no modelo inglês. Seu setor têxtil manufatureiro, no entanto, não podia mais competir com a Ásia e resolveu mudar para tecnologia e inovação no início dos anos 2000. Foi assim que surgiu a 22@Barcelona, um centro moderno de inovação nas antigas fábricas de Barcelona e que agora abrigam incubadoras que pensam a economia do conhecimento com uso de tecnologia de ponta.

A realidade parece distante, mas pode estar mais perto dos campo-grandenses do que se imagina. A ideia da Prefeitura, por meio da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia) é criar um centro de inovação, inspirado no modelo catalão, na Capital de Mato Grosso do Sul.

O espaço funcionaria como vanguarda de conhecimento, com objetivo de pensar inovação – com apoio da tecnologia – unindo empresas, pesquisa de ponta e investidores. Santa Catarina já aplicou a ideia de Barcelona e inaugurou diversos espaços do tipo.

“O objetivo é trazer modelos de inovação de tecnologia que envolve um aspecto bem grande, seria um centro tecnológico de inovação, baseado nos modelos mais modernos de Barcelona. A gente quer promover isso em Campo Grande, por isso foi montada a comissão para ver se é o melhor modelo”, afirma o secretário da Sedesc Herbert Assunção.

Nesta sexta-feira (26) a Sedesc divulgou em Diário Oficial a criação de um “grupo de trabalho para estudo e estruturação de projeto para criação de um centro de inovação”. Formado por 8 pessoas, o grupo tem até o dia 31 de julho para entregar um relatório com as recomendações e conclusões sobre o projeto.

O grupo deverá se comunicar com outras "esferas públicas e privadas", locais, nacionais e internacionais; estudar e definir as características físicas, urbanísticas, arquitetônicas, institucionais, gerenciais e operacionais centro e estudar e definir as formas de financiamento dos investimentos e demais despesas necessárias à implantação e operação do centro.

Além disso, cabe à comissão coordenar a interação com os demais órgãos da administração municipal e de outras esferas de governo na estruturação e implantação do centro e estudar e definir o “relacionamento institucional e operacional” do centro com as “demais estruturas produtivas” locais, regionais e estaduais que tenham interesse em participar da estruturação, implantação e operação do projeto.

“Governo, universidades e empresas fariam uma junção de forças, passa por várias frentes. A tecnologia é tudo, faz parte do cotidiano, seria para pensar o desenvolvimento de Campo Grande como um todo e para atrair desenvolvimento de empresas, ter uma estrutura de apoio e desenvolvimento tecnológico”, comenta Assunção.

Depois do relatório ser analisado, a ideia é transformar o projeto em um “plano de tecnologia e inovação”, conforme explicou o secretário, criar legislação específica e só então produzir incentivos. O projeto não envolve, necessariamente, a construção de um novo espaço físico, já que Campo Grande já tem, lembra o secretário, uma incubadora.

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