Capital

Prefeitura discute volta de restrições contra covid

Número de casos quase triplicou em 5 semanas, mas comércio é contra regras duras contra a pandemia

Ângela Kempfer e Ana Oshiro | 25/11/2020 09:28
Entidades e órgãos da prefeitura discutem novas medidas a serem adotadas na Capital. (Foto: Divulgação)
Entidades e órgãos da prefeitura discutem novas medidas a serem adotadas na Capital. (Foto: Divulgação)

Representante do comércio estão neste momento no Paço Municipal em reunião com o prefeito Marquinhos Trad. O encontro também tem a participação do secretário de saúde, José Mauro Filho, além de técnicos da Vigilância Sanitária e Agetran. O assunto é adoção de medidas restritivas para conter a nova onda da covid-19 na Capital. A principio, a informação era de que Ministério Público e Defensoria participariam, mas a assessoria do município nega a informação.

Hoje, Campo Grande tem o maior índice de crescimento da doença no Estado, a lotação de UTIs chegou a 100% nos principais hospitais público e particular da cidade, o HR e o Hospital da Unimed. Ontem à noite,  paciente, de 67 anos, diagnosticada com coronavírus teve de ser intubada na enfermaria do HR, por conta da falta de leitos na UTI na unidade que é referência em tratamento da covid-19.

Exponencial - Na 42ª semana de monitoramento epidemiológico, em outubro, a média móvel era de 143 novos casos em Campo Grande a cada 24 horas. Já nos últimos sete dias de medição em novembro, a Capital registra mais que o dobro, com média de 352 testes positivos ao dia, aumento de 146%.

Apesar da curva avançando rapidamente para cima, deste 16 de novembro, a única restrição hoje na Capital é a suspensão das aulas na rede municipal. No mais, tudo está liberado, inclusive, o transporte público e festas.

Presidente da CDL Adelaido Vila, chega ao Paço Municipal e é contra restrição. (Foto: Ana Oshiro)

Fechar não  - Mesmo com o sinal de alerta vermelho, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) é contra novas restrições ao comércio. O presidente da entidade, Adelaido Vila,  reforça a tese de que o “varejo não é responsável”.

Segundo ele, o problema é a irresponsabilidade de pessoas que lotam festas sem qualquer preocupação com a pandemia. A preocupação é que os "irresponsáveis" façam o comércio pagar a conta da 2ª onda da covid. "Estamos preocupado com medidas que possam interferir nas vendas de Natal".

Ele garante que os lojistas estão cumprindo à risca as medidas de biossegurança. "Estamos fazendo a tarefa de casa. Nós dependemos desse dezembro para recuperar a economia. Temos uma demanda reprimida após 9 meses de pandemia. A expectativa é de aumentar em 30% as vendas. Vamos atender com muita segurança e muita tranquilidade. Estamos tentando melhorar as normas de biossegurança"

Na manhã de hoje, durante live sobre a dengue, o secretário estadual de saúde, Geraldo Rezende, defendeu medidas urgentes na cidade. "Neste momento para José Mauro está em reunião com o prefeito para tomar decisões acerca desse crescimento de casos que o governador falou, esse crescimento vertiginoso, exponencial que faz com que a gente tenha que tomar medidas urgentes sob pena de daqui a pouco a gente ter um colapso na rede de assistência em Campo Grande".

O encontro, no entanto, ocorre a portas fechadas.

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