Prefeitura de Campo Grande inicia coleta seletiva do lixo

Em Campo Grande, são produzidas por dia 700 toneladas de lixo, sendo que 40% desse total, ou seja, 280 toneladas, são de material reciclável. Para promover o manejo e processamento adequados desse material, a prefeitura de Campo Grande deu início hoje á coleta seletiva de lixo na capital.

Identificada a região da cidade que produz mais lixo reciclável, esse setor foi dividido em três subsetores. Com o slogan “Reciclar é Vida”, a ação começou pela região do bairro São Lourenço, um que estão incluídos na primeira etapa do projeto, com 32 mil domicílios.

De acordo com o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo, a coleta será estendida aos outros bairros que compõem esse primeiro subsetor só depois que houver adesão de pelo menos 80% dos 32 mil domicílios.

Além do São Lourenço, compõem esse subsetor a região dos bairros Carandá, Autonomista, Santa Fé, Veraneio, Chácara Cachoeira, Bela Vista, Tiradentes, TV Morena, Vilas Boas e Vila Carlota. Segundo Cristaldo, a projeção é recolher nessa área algo próximo a 40 toneladas/dia de lixo reciclável.

Diferente - Diferente da coleta de lixo normal, a coleta seletiva é feita durante o dia, uma vez por semana, recolhendo o material em sacos plásticos da cor verde, previamente entregues aos moradores. Os coletores passam de casa em casa, entregando panfletos explicativos e os sacos plásticos verdes, e recolhendo o lixo separado.

“A gente também orienta e tira as dúvidas dos moradores, que querem saber principalmente sobre o tipo de lixo que é reciclável e pode ser entregue à coleta”, diz Draziela Salustiano da Silva, 26 anos, coletora do lixo reciclável.

Ela está no emprego há um mês, passou por treinamento, e já se convenceu da necessidade de separar o lixo. “Moro no Bandeirantes e lá, por enquanto, não vai ter a coleta, mas eu decidi que vou separar o lixo e levar num ponto de coleta”, diz.

Pontos de coleta - No primeiro dia da coleta seletiva, Marcos Cristaldo disse estar se surpreendendo com a receptividade da população. “Eu não esperava tanta adesão de imediato, muita gente está colaborando”, comentou.

E para atender quem já tem o hábito de separar o lixo, mesmo moradores de locais onde a coleta seletiva ainda não está sendo implementada, estão sendo instalados pontos de coleta em postos de combustível, farmácias e supermercados. Os LEVs (Local de Entrega Voluntária), ou Ecopontos, podem ser conferidos no site: www.campogranderecicla.com.br.

Na região do São Lourenço há pontos de coleta nas farmácias São Bento da Zahran, da Ricardo Brandão e da Joaquim Murtinho; nos postos de combustível Santos e Paulino, na Joaquim Murtinho, e no posto Emanuele, na Zahran; e no supermercado Comper da Zahran.

Eletrônicos - Cristaldo disse ainda dentro de dois meses deve ser lançado o “Recitrônico”, um programa de coleta de lixo eletrônico, incluindo pilhas e baterias.

“Uma empresa de Campo Grande manifestou interesse em trabalhar com esse material, e estamos em processo licitatório”, informou.

Óleo - Em Campo Grande já funciona o Recol, programa de coleta de óleo residual de cozinha para reciclagem, que conta com quatro pontos de coleta. No Mercado Municipal (Rua 7 de setembro, Centro), no Ecoponto Bálsamo (Rua dos Topógrafos com Araraquara, Jd Bálsamo), no Ecoponto São Conrado (Rua Furquim com Rua Campo Maior, bairro São Conrado), e na Feira Central.

Para depositar o óleo nos LEVs, é só armazenar o óleo residual em garrafas pet ou em recipiente de vidro tampado e depositar em algum dos pontos de coleta mais próximo.

É recomendado que o processo de coleta seja feito da seguinte maneira: quando o óleo não tiver mais utilidade, deixe-o esfriar. Ele deve ser armazenado livre de outros resíduos (água). Em um recipiente limpo, seco e que possa ser tampado (garrafa pet ou vidro). Não é necessário coar.

(Matéria editada às 12h43 para acréscimo de informações)