Capital

Precariedade de estrutura de ponte assusta no Parque das Nações

Terreno no entorno da base de sustentação já cedeu há tempos e há pedaços de concreto soltos; quem passa por lá pede por reparos e manutenção

Silvia Frias e Mayara Bueno | 09/03/2019 07:39
Terreno no entorno da base da ponte no Parque das Nações Indígenas cedeu (Foto: Kisie Ainoã)
Terreno no entorno da base da ponte no Parque das Nações Indígenas cedeu (Foto: Kisie Ainoã)

Quem passa por uma das pontes existentes dentro do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, não imagina o estado precário da base de sustentação. Parte do concreto cedeu e a terra no entorno desmoronou, comprometendo a segurança de quem passa pela estrutura.

A ponte é acessível pela entrada da Rua Antônio Maria Coelho. De cima, o cenário é bucólico: cercado por árvores, o acesso é agradável e convida à contemplação. Embaixo, a realidade é outra: grandes buracos no entorno da base se formaram, e decorrência da queda do terreno, e placas de concretos despencaram. Os problemas não são perceptíveis para quem passa pelo ponte, é preciso descer e olhar por baixo.

Placas de concreto perto da ponte (Foto: Kisie Ainoã)
Parte da estrutura da ponte (Foto: Kisie Ainoã)

A professora Lucinéia Carrareto, 55 anos, tomou um susto quando viu o estado da estrutura, mostrado por meio de uma foto pela equipe de reportagem do Campo Grande News. “Tem que fazer uma manutenção logo para que o pior não ocorra”.

Ela mora em Coxim, mas sempre que pode visita o Parque das Nações Indígenas e, dessa vez, visitava o Museu Dom Bosco com os netos e a nora, a recepcionista Michele da Silva Lima, 32 anos.

Em visita ao Estado, Michele disse que um amigo de Araçatuba (SP) recomendou um passeio pelo parque, pois tinha achado o local muito bonito. “É uma referência de beleza, muita gente de fora também gosta de visitar, precisa ter cuidado”.

O empresário Jaelyson Campos, 26 anos, é de Campo Grande e mora no Rio de Janeiro há oito anos. De férias, resolveu passear no parque e quando soube das condições da ponte, teve como referência acidentes ocorridos na capital fluminense. “A gente já viu cair pontes e viadutos lá, por falta de cuidado e fiscalização, é preciso ter atenção especial”, avaliou.

Por cima, vista da ponte é bucólica e convida a passeio (Foto: Kisie Ainoã)

As amigas Viviane Andrade e Thaís Peixoto, ambas com 31 anos, costumam correr no parque pelo menos três vezes por semana. Por sorte, avaliaram, não costumam usar o trecho próximo da Antônio Maria Coelho para os exercícios físicos. “O ideal é que a administração buscasse prevenção para evitar acidentes”.

A assessoria da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) informou que projeto de recuperação da ponte está previsto no plano de ação conjunta entre governo do Estado e prefeitura de Campo Grande, firmado na sexta-feira, que tem como objetivo principal o desassoreamento da lagoa do Parque das Nações Indígenas. O cronograma e o valor ainda serão discutidos em reunião na próxima semana.

Por baixo, situação da estrutura da ponte assusta e quem passou pelo parque pede manutenção (Foto: Kisie Ainoã)
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