Capital

Por falta de pagamento trabalhadores de asilo ameaçam entrar em greve dia 15

Daniel Machado | 10/04/2015 23:43
 (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Profissionais da Associação Recanto São João Bosco – cuidadores de idosos, copeiros, cozinheiros, responsáveis pela alimentação especial, lavanderia, limpeza, e serviços gerais - aprovaram, em assembleia geral extraordinária, a paralisação por tempo indeterminado das atividades a partir de quarta-feira (15/04). O motivo é a falta de pagamento aos profissionais, a maioria está com dois meses de salários atrasados e sem previsão de quando os valores serão depositados. Alguns sequer receberam o salário de dezembro e o 13º.

Em março, os profissionais já haviam se mobilizado e expuseram a situação em que a categoria se encontra devido aos constantes atrasos salariais. De acordo com os trabalhadores, os representantes patronais alegam que os pagamentos não foram efetuados porque a instituição não recebeu o repasse da assistência social da prefeitura de campo grande e também por haver problemas na conta bancária da instituição.

A presidente do sindicato da categoria (SENALBA-MS), Maria Joana Barreto Pereira, explica que desde janeiro o sindicato busca diálogo com representantes da associação para sensibilizá-los sobre a necessidade dos trabalhadores receberem os salários no período previsto da Convenção Coletiva de Trabalho – até o 5º dia útil.

“Os profissionais já passam necessidade, tem funcionários que não têm sequer dinheiro para comprar gás e pagar as contas essenciais. É uma situação difícil que precisa ser solucionada o quanto antes. Tentamos ao máximo evitar a paralisação por se tratar de atendimento aos idosos, mas, não restou outra alternativa tendo em vista o descaso com os trabalhadores que precisam prover a sobrevivência de suas famílias”, explica a presidente Maria Joana Barreto Pereira.

Despejada - Antônia dos Santos, que trabalha na lavanderia do Recanto São João Bosco, diz que os atrasos salariais dificultam a sua sobrevivência. Mãe de 4 filhos, atualmente está com oito prestações e dois cartões de crédito em atraso. “Nos últimos meses a situação ficou péssima, além das contas que não consegui debitar fui despejada da casa onde moro porque não tenho como pagar o aluguel. A greve é a esperança de recebermos o quanto antes os nossos salários”, enfatiza.

Mãe de 4 filhos, Antônia dos Santos atualmente está com oito prestações e dois cartões de crédito em atraso. (Foto: Divulgação)
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