Capital

População reclama de fogo em reserva do Exército no Jardim Campo Verde

Viviane Oliveira | 11/09/2012 21:56
Cleide disse que o jeito é tomar muito suco e tereré para amenizar o calor. (Foto: Pedro Peralta)
Cleide disse que o jeito é tomar muito suco e tereré para amenizar o calor. (Foto: Pedro Peralta)

Além do calor e da baixa umidade relativa do ar, os moradores do Jardim Campo Verde, sofrem com as queimadas em uma vegetação da reserva do Exército, na região norte de Campo Grande.

A estiagem, que já beira os 50 dias, facilita a propagação do fogo e contribui para os problemas respiratórios, que atinge principalmente as crianças. Já na entrada do bairro é possível sentir a poeira misturada com o cheiro da queimada.

Mesmo que o incêndio foi na última quinta-feira (6) há focos espalhados pela mata, que começa na rua Marquês de Pombal, no corredor do Nova Lima, e termina no bairro Campo Belo. “Como a vegetação é fechada é impossível apagar completamente o fogo”, disse Naurelina Nogueira Ferreira, de 65 anos.

A idosa mora no bairro há 20 anos e afirma que todo ano, neste mesmo período, está área sofre com as queimadas. Quando o fogo se propaga os vizinhos temem que as chamas invadam as suas casas e o desespero aumenta para aqueles que moram às margens da reserva. "Quando o fogo começa parece que vamos morrer sufocados", exemplifica.

Nariz, boca, e garganta ressecados e tosse seca é um dos sintomas descridos pela dona de casa Maria do Carmo Santos, de 58 anos. Avó de três crianças, uma de 8 anos, 3 e 9 meses ela relata que o único jeito é procurar um posto de saúde para o médico receitar inalação.

“No final da tarde piora, as crianças começar a tossir e chegam até perder o ar”, lamenta Cleide Rufino dos Santos de 38 anos, tia das crianças.

Para tentar amenizar o mormaço quente a família toma muito líquido durante o dia e a noite coloca bacias de água e toalhas molhadas espalhados nos cômodos da casa.

De acordo com o Corpo de Bombeiros foram registrados até o dia 28 de agosto 554 focos de incêndio. Somente no mês passado foram 198 focos. Os números são de incêndios em vegetação, terreno baldio e plantações em chácaras e fazendas.

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