Capital

População pode aderir a aplicativo e ter rua de casa monitorada pela PM

CDL criou sistema que interliga câmeras às polícias para agilizar atendimento quando há suspeita de crimes

Mayara Bueno e Geisy Garnes | 21/12/2018 11:38
Autoridades mostrando como funciona aplicativo da CDL. (Foto: Geisy Garnes).
Autoridades mostrando como funciona aplicativo da CDL. (Foto: Geisy Garnes).

O aplicativo da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Campo Grande, anunciado ontem como alternativa à segurança de lojas do Centro, também poderá ajudar no monitoramento das ruas dos bairros da cidade.

Nesta sexta-feira (dia 21), a Câmara dos Dirigentes e a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) fizeram o lançamento oficial do dispositivo. Hoje, 52 câmeras em lojas e bairros da Capital já estão vinculados à tecnologia e a intenção é ampliar para 500 até o fim do primeiro semestre de 2019.

As imagens do local ficam conectadas ao aplicativo e as polícias Militar e Civil vão ter acesso para acompanhar a movimentação. Se ocorrer algo suspeito, quem aderiu ao sistema e, consequentemente adquiriu o aplicativo, vai poder avisar por meio de um mecanismo ao pressioná-lo na tela do celular durante cinco segundos.

Um alerta será emitido e, além dos que têm acesso ao aplicativo, as forças policiais serão acionadas para atender a ocorrência. Também participou do lançamento o presidente da CDL,  Adelaido Vila.

A novidade é que não só o comércio vai poder aderir. Os moradores também podem procurar a CDL e adquirir o aplicativo com mensalidades de R$ 79. Para isso, as casas precisam ter câmeras de segurança. Contudo, caso não tenham, a Câmara dos Dirigentes Lojistas oferece equipamentos por R$ 700.

Segundo o comandante do primeiro Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudemir de Melo Domingos Braz, o sistema desburocratiza o 190, canal de atendimento da população com a polícia. Além disso, dinamiza e agiliza a forma de atender a uma ocorrência de crime.

Onde já tem

Hoje, as câmeras já estão instaladas em lojas localizadas em ruas como a Barão do Rio Branco, Cândido Mariano, 14 de Julho, 13 de Maio e Avenida Mato Grosso.

Também há nos bairros Núcleo Industrial, Monte Castelo, Santa Emília, Caiçara e Chácara Cachoeira.

Moradores e donos de lojas foram procurados porque são regiões que apresentam índices de criminalidade. Na Praça dos Imigrantes, por exemplo, os próprios artesãos quiseram aderir em virtude de roubos quase que diários.

Por lá, são três câmeras instaladas e o comandante do batalhão garante que zerou a criminalidade depois da medida. A qualidade do equipamento, conforme demostrado durante o evento de hoje, mostra imagem noturna como se fosse dia.

Monitoramento

Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, o foco é a área central, neste momento. A ideia é montar uma espécie de central de monitoramento das imagens na primeira delegacia, unidade anexa a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, localizada na Rua Padre João Cripa.

O dispositivo também será apresentado aos prefeitos do interior, na próxima reunião da Assomsul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Para Videira, a intenção seria fazer com que cidades da região de fronteira, além dos outros municípios, adotem o mecanismo.

Onde procurar?

Quem quiser aderir ao sistema pode ligar no 67-3320-4000 e 99986-5889, número do whatsapp. O aplicativo é vendido pela CDL e surgiu em Nova York, nos Estados Unidos. No Brasil, medida já existe em São Paulo e a direção da Câmara dos Lojistas trouxe do estado vizinho para MS.

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