Capital

População dos presídios é quatro vezes superior ao número de vagas

Evelyn Souza | 02/08/2013 15:21
Foto tirada de dentro do Presídio de Segurança Máxima da Capital.
Foto tirada de dentro do Presídio de Segurança Máxima da Capital.
Com 642 vagas, Máxima tem hoje 2.008 presos.

Os presídios de Campo Grande estão superlotados e chegam a receber até quatro vezes mais presos do que a capacidade. A situação mais crítica, segundo o Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores em Administração Penitenciária), é a do de Segurança Máxima, que tem vagas para 642, mas abriga 2.008 detentos. 

No Instituto Penal, a situação se repete. São 1.193 presos em um espaço que só comporta 268. O Presídio Feminino também está sobrecarregado, 400 mulheres estão presas, sendo que a capacidade é para 231 internas.

Como forma de protesto, o Fenaspen (Federação Nacional dos Servidores em Administração Penitenciária) e o Sinsap/MS  barraram a entrada de presos no Complexo Penitenciário da Capital.

Até o momento, sete detentos foram recusados. “Eles voltaram para as delegacias. Se o governo não apresentar nenhuma proposta, o ato vai continuar e deve sobrecarregar as celas, que não comportam muitos presos”, explica o presidente do Sindicato dos agentes, Francisco Sanábria.

Por enquanto a manifestação não afetou as duas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário de Campo Grande. Na do centro, as duas celas que chegam a recolher 35 presos, estão com seis pessoas detidas. Já a do bairro Piratininga, recolheu 12 presos hoje pela manhã, mas muitos foram transferidos e só restaram seis. O problema deve se agravar no fim de semana, quando aumentam os casos de violência e criminalidade.

A manifestação que começou nessa segunda-feira (1) deve durar pelo menos dez dias e já conta com a adesão dos municípios de Três Lagoas e Dourados.

Os agentes reivindicam melhorias nas condições de trabalho e pedem também que seja concluída a alteração da Lei Estadual 2.518 que prevê a abertura de concurso público para 600 vagas e a construção de novas unidades prisionais no Estado.

A previsão é de quem em dez dias, os presídios deixem de receber cerca de 150 presos.

O Campo Grande News não conseguiu contato com o secretário de Justiça e Segurança Pública, WantuirJacini, para discutir a questão. 

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