Capital

Policial diz que atirou contra acadêmico porque rapaz tentou matá-lo com caminhonete

Aline Queiroz e Paula Maciulevicius | 28/03/2011 16:39

Depois de ser atropelado, investigador do Garras foi arrastado

Rapaz foi baleado no tórax. (Foto: Simão Nogueira)
Rapaz foi baleado no tórax. (Foto: Simão Nogueira)

A Polícia Civil apresentou esta tarde, em entrevista coletiva, a versão do policial José Ângelo de Souza Filho, que atirou contra o acadêmico Andreo Lincon Ferreira da Costa, 20 anos. A confusão aconteceu na madrugada de domingo, na Avenida Manoel da Costa Lima, em Campo Grande.

Lotado no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros), José Ângelo, foi atropelado e arrastado pela caminhonete dirigida pelo estudante do quarto ano do curso de engenharia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

A versão do policial foi confirmada por testemunhas e, desta maneira, Andreo foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio contra o policial, além de outros quatro crimes relacionados à confusão em que se envolveu.

Andreo estava em uma festa perto da universidade e, desde lá, criou tumultos. Ele alegou que conversava com uma moça quando participantes da festa começaram a agredi-lo.

Nem o amigo que estava com ele confirma a história. Ouvido como testemunha, o amigo disse que ele se envolveu em uma briga e, por este motivo, decidiram sair da festa.

Os dois foram para a caminhonete de Andreo, no entanto, o amigo dele foi segurado por um policial militar que fazia o mesmo curso e estava na festa.

Andreo saiu com o veículo e, ao chegar no cruzamento das Avenidas Manoel da Costa Lima e Costa e Silva se deparou com congestionamento devido à saída de veículos do evento que acontecia no estádio Morenão.

O policial estava de carro no local porque havia ido buscar a filha, que estava no evento. Andreo começou dirigir o carro para frente e para trás. Ele bateu a caminhonete em pelo menos cinco veículos.

Quando viu a confusão, o investigador saiu do carro armado e com a carteira funcional na mão. Ele se identificou como policial mandou que descesse da caminhonete, no entanto, o estudante desobedeceu a ordem e “jogou” a caminhonete para cima do policial.

Foi neste momento que Andreo atirou e a bala acertou de raspão o tórax do estudante.

Depois da confusão, Andreo fugiu na caminhonete e testemunhas anotaram a placa do veículo. Ele chegou a dar entrada na Santa Casa de Campo Grande e saiu antes mesmo de receber o diagnóstico médico.

Andreo foi preso em casa, na Vila Carlota. Ele acabou autuado em flagrante pela tentativa de homicídio contra o policial, além do crime de dano contra os motoristas que tiveram os carros atingidos, porque fugiu do local do acidente, dirigir a caminhonete sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e porte de droga porque havia haxixe no veículo.

Andreo tem antecedentes criminais por lesão corporal e injúria.

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