Capital

Policiais vão de viatura protestar no Fórum contra prisão de PMs

Viviane Oliveira e Luana Rodrigues | 21/01/2016 09:39
Policiais Civil participam de protesto, inclusive utilizando uma viatura. (Foto: Marcos Ermínio)
Policiais Civil participam de protesto, inclusive utilizando uma viatura. (Foto: Marcos Ermínio)

Vários policiais militares e investigadores, inclusive usando uma viatura da Polícia Civil, estão em frente ao Fórum, da Rua da Paz, em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (21), em protesto contra a prisão de três PMs, detidos em flagrante pela Corregedoria da corporação após denúncia de agressão a um adolescente de 15 anos, na tarde de terça-feira (19).

Hoje, a partir das 8h, está marcada a audiência de custódia dos PMs recolhidos ao Presídio Militar. Eles serão ouvidos pelo juiz encarregado do caso. Em frente ao prédio, cerca de 20 policiais militares estão sem farda e sem viatura, mas há um grupo de investigadores usando o carro da Polícia Civil. 

Revoltado com a prisão dos policiais, o investigador Filipe Zapata, conta que a irmã está entre os três militares presos. “Ela tem medalha Tiradentes (homenagem feita pelo Comando da PM) e 19 elogios na corporação, mas isso não foi levado em conta em nenhum momento pela corregedoria”, reclama. 

No local, a PM está arrecadando alimentos, também como uma forma de protesto, que serão doados para uma instituição carente. A reportagem entrou em contato com o Comando Militar e a DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil) para saber se o protesto, inclusive utilizando viatura, é legal.

A assessoria da PM, informou que a manifestação pode ser realizada, desde que seja de forma pacífica e sem uso de fardas. Até o fechamento deste texto, a assessoria de imprensa da Polícia Civil não havia retornado ao contato.

O caso - Três policiais miliares, da Força Tática do 1º Batalhão, foram presos pela Corregedoria da Polícia Militar, após perseguição a dois homens em uma motocicleta, na tarde de terça-feira (19), no Jardim Imá, em Campo Grande. Eles foram autuados em flagrante por lesão corporal dolosa e encaminhados para o Presídio Militar.

Segundo o tenente-coronel José Gome Braga, corregedor adjunto da PM, os policiais prestaram depoimento e negaram a denúncia de agressão. O adolescente tem vários registros de atos infracionais. O advogado Laudo César Pereira, da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), que acompanha o caso, diz que a prisão é arbitraria e não há provas contundentes contra os militares.

No local, apenas um policial militar foi encontrado de farda. Ele informou que havia acabado de sair do plantão e estava de passagem. (Foto: Marcos Ermínio)
Nos siga no