Capital

Policiais fazem manifestação por melhorias em delegacias

Viviane Oliveira e Mariana Lopes | 07/02/2013 12:08
Em forma de protesto, sindicato coloca faixa pedindo socorro para Corpo de Bombeiros. (Foto: Luciano Muta)
Em forma de protesto, sindicato coloca faixa pedindo socorro para Corpo de Bombeiros. (Foto: Luciano Muta)
Teto de isopor quebrado no prédio do Cepol. (Foto: Luciano Muta)

Em protesto por melhorias nas delegacias, policiais civis fizeram uma mobilização na manhã desta quinta-feira (7) em frente ao Cepol (Centro Especializado de Polícia Civil), prédio que abriga cinco delegacias especializadas na rua Ceará, em Campo Grande.

De acordo com o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa da Silva, o prédio não tem condições para abrigar as delegacias, pois a parte elétrica e hidráulica da delegacia estão comprometidas.

A categoria reivindica a interdição do prédio e solicita com urgência outro lugar para atendimento. Já foi marcada para o dia 2 de março uma assembleia geral no Sinpol às 10h30 para a categoria decidir o que será feito se até lá o problema não for resolvido. “Estamos tentando prevenir antes que algo de grave aconteça”, finaliza Alexandre.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião Souza, além do prédio do Cepol, a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, também está em péssimas condições. “Na Depac, por exemplo, tem algumas salas que não tem ar condicionado e nenhum outro sistema de ventilação”, afirma.

Ainda de acordo com ele, algumas delegacias não tem água e os funcionários tem que levar de casa ou comprar água potável para beber. “No Cepol a situação é ainda pior. Só tem um banheiro para atender funcionários de cinco delegacias e não tem sistema de segurança contra incêndios”.

Os representantes do sindicato fizeram um dossiê, em que a Vigilância Sanitária já emitiu um laudo falando dessas condições. “Já teve uma ocasião que o prédio do Cepol foi alagado e encheu o lugar de dejetos do banheiro”, disse Alexandre.

Conforme o presidente, o dossiê começou a ser feito em janeiro de 2010, época em que o governo prometeu transferi as delegacias para o antigo clube dos servidores, que está fechado. “Em novembro do ano completou um ano que fizemos uma paralisação em protesto a esta situação”.

Ao todo cerca de 50 policiais trabalham nas cinco delegacias especializadas: Homicídios, Crimes Fazendários, Contra a Ordem Pública e Social; de Atendimento à Infância e à Juventude e Capturas.

Alexandre Barbosa pede que a vigilância sanitária solicite a vistoria do Corpo de Bombeiros, segundo ele essa vistoria nunca foi feita. “O teto é de isopor e as paredes de compensado, ou seja, altamente inflamável”, finaliza. Segundo ele,  no interior 80% das delegacias estão com os prédios precários. Alexandre citou como exemplo as delegacias de Itaquirai, Nova Andradina e Brasilândia.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), que ficou de se pronunciar ainda hoje sobre o assunto. 

Nos siga no