Capital

Polícia tenta, mas irmão de caminhoneiro assassinado não consegue depor

Dependente químico, Robson da Silva, de 33 anos, é testemunha-chave porque seria o verdadeiro alvo de atirador

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 20/11/2020 11:02
Delegado Nilson Friedrich, da 4ª DP (Delegacia de Polícia), em entrevista (Foto: Silas Lima)
Delegado Nilson Friedrich, da 4ª DP (Delegacia de Polícia), em entrevista (Foto: Silas Lima)

Difícil para a Polícia Civil está sendo descobrir qual o real motivo da briga que terminou em morte na tarde de ontem nas Moreninhas. Com ajuda do pai, o autor dos disparos contra o caminhoneiro Gilmar da Silva, de 37 anos, fugiu e a testemunha-chave, irmão da vítima, é dependente químico.

De acordo com o delegado Nilson Friedrich, da 4ª DP (Delegacia de Polícia), Robson da Silva, de 33 anos, foi levado para depoimento, mas estava muito alterado e falando coisas desconexas. Ficou combinado que ele voltaria à delegacia nesta manhã, mas o irmão da vítima não apareceu.

Robson, segundo a família, é usuário de drogas e vive na rua, mas tinha um quarto nos fundos da casa de Gilmar. “Era algo recorrente. Ele sempre livrava o irmão de confusão. Robson sempre se envolveu em briga na rua e Gilmar estava sempre lá para defender”, contou Luciana Barbosa, 46 anos, cunhada do caminhoneiro morto no lugar do irmão.

Policias da 4ª DP está atrás da testemunha-chave, mas a própria família afirma que ele sumiu. Testemunhas relataram à polícia que será difícil encontrá-lo em sã consciência.

Já o autor dos disparos se comprometeu a ir até a delegacia nesta tarde para dar sua versão sobre o ocorrido. “Se não aparecer, vamos representar pela prisão preventiva”, afirmou o delegado.

Nilson Friedrich afirma que precisa ouvir, por enquanto, quatro testemunhas, incluindo o pai e a mãe do suspeito de matar o caminhoneiro.

Na tarde de ontem, o crime aconteceu Rua Araticum, em frente a uma conveniência, que pertence ao pai do homem procurado por matar Gilmar. O comércio amanheceu fechado hoje.

Pelo menos três tiros atingiram a vítima, dois deles na região do peito. O outro teria sido no pescoço. Equipes do Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionadas, mas por perder muito sangue, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Crime aconteceu ontem à tarde na Rua Araticum, em frente a uma conveniência (Foto: Paulo Francis/Arquivo)


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