Capital

Polícia tenta identificar homem que arquitetou sequestro no bairro Pioneiros

Viviane Oliveira e Paula Maciulevicius | 18/06/2012 18:25

Crime foi encomendado por integrante da quadrilha e amigo da vítima, que está no presídio de Segurança Máxima

Quadrilha foi apresentada na tarde de hoje no Garras. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Quadrilha foi apresentada na tarde de hoje no Garras. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Depois de prender 8 pessoas, a Polícia Civil agora tenta localizar o homem suspeito de arquitetar o sequestro do dono de um tradicional açougue no bairro Pioneiros, em Campo Grande. A quadrilha foi apresentada na tarde de hoje (18) durante coletiva de imprensa no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros). O crime foi encomendado de dentro do presídio de Segurança Máxima da Capital, a mando de um integrante da quadrilha, amigo da vítima.

Marcelo Batista de Oliveira, de 37 anos - suspeito de planejar o sequestro - Evandro da Silva Bonani, de 22 anos, Fábio Nunes de Almeida, de 26 anos, e Uilhan da Silva Bonani, de 23 anos, foram presos, na noite de ontem (17) pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) enquanto ainda estavam na casa da vítima.

Durante a noite foram presos pelo Garras, no bairro Nova lima, Thais Caroline Palmeira, de 18 anos, Walter Bérgson Rabelo Júnior, de 18 anos, Thiago Pinheiro do Carmo, de 19 anos, e uma adolescente de 16 anos. Todos eles fazem parte de uma quadrilha, que recebeu ordem do presídio de segurança máxima para assaltar o comerciante.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Márcio Obara, cada integrante tinha uma função diferente dentro do grupo. “Parte da quadrilha levava informação do potencial econômico das vítimas e o restante cuidava do monitoramento”, disse.

As mulheres participaram como olheiras – elas passavam informações para o restante do grupo, sobre a rotina do "João da Linguiça", como era conhecido. Segundo o delegado, a ordem do sequestro veio de dentro do Presídio de Segurança Máxima.

“A ordem veio de um homem amigo da vítima, que está preso, por roubo e porte de arma de fogo, há 20 dias”, afirma, acrescentando que tem indícios que a quadrilha faz parte do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A quadrilha vai responder por emprego de arma, cárcere privado, formação de quadrilha e tráfico de drogas. Todos eles já têm passagem pela Polícia. Com os bandidos foram encontrados sacos de dinheiro e alguma notas de dólares.

Fiança - Thiago pagou fiança de R$ 500 e foi liberado. Segundo a Polícia, não ficou comprovado que ele participou do sequestro. Ele tinha apenas amizade com a quadrilha. Com Thiago foram encontrados quatro cartuchos sem documentação.

Já na casa de Thais e Walter a Policia apreendeu 27 quilos de maconha. Também não foi comprovada participação de Walter. A princípio ele vai responder por tráfico de drogas.

Sequestro - O crime aconteceu ontem. O bando sequestrou João Pedreiro, de 43 anos, e fez de refém uma família no bairro Rita Vieira, que recebia a visita da vítima naquele dia. Os bandidos monitoravam João há alguns dias.

Marcelo, Evandro, Fábio e Uilhan estavam em um Celta, de cor branca, e começaram a ação no final da tarde. Os bandidos acompanhavam o local quando o dono do comércio saiu do estabelecimento, na rua Ana Luiza de Souza, e o abordaram após ele entrar em uma casa, já no Rita Vieira.

No local estava uma família que foi feita refém. Eles foram amarrados com fios elétricos e cordas. Para a Polícia, o grupo disse que falou às vítimas que só queria o comerciante. O homem acabou entregando que tinha dinheiro na residência e foi então levado pela quadrilha de volta à casa, no carro em que dirige, um C4 Pallas.

Ao chegar na casa, o homem foi agredido e teve o rosto todo machucado. Os bandidos pegaram dinheiro, parte dele em dólar. No deslocamento do Rita Vieira até o Pioneiros, a família feita refém conseguiu se soltar e chamou a Polícia.

Uma viatura da PM foi até a casa onde funciona o comércio e percebeu que os bandidos ainda estavam lá. O reforço foi chamado e a Cigcoe invadiu a casa.

Nos siga no