Polícia também encontrou arma irregular com empresário Altair Perondi
Empresário foi preso na quarta-feira (25) e é um dos alvos de ação que investiga irregularidades em licitações no Acre
A Polícia Federal apreendeu um revólver calibre 38 sem regulamentação com o empresário Altair Perondi. O flagrante foi feito durante buscas no escritório dele, localizado no Jardim Paulista, em Campo Grande.
O empresário é alvo da Operação Asfixia, deflagrada na quarta-feira (25) no Acre. A ação investiga supostas irregularidades na contratação de serviços de fornecimento e manutenção de cilindros de oxigênio medicinal utilizados em unidades da rede de saúde pública.
Conforme auto de prisão em flagrante, durante o cumprimento de mandado de busca em sua residência, o empresário revelou a posse do revólver.
A arma estava em um cofre, no escritório do empresário e foi necessário um chaveiro para abri-lo. O revólver estava descarregado e segundo Altair, a arma era de um ex-funcionário, que morreu em 2001 e desde então ele a guardava.
Questionado, o empresário revelou que desconhecia qualquer documentação sobre a arma.
O empresário foi preso pelo flagrante e devido a prisão temporária já decretada pela polícia do Acre.
Fiança - Altair foi levado para a Polícia Federal, porém pagou fiança de R$ 1,5 mil pela posse irregular do revólver. Contudo, ainda não há a confirmação de que foi solto, considerando a prisão temporária.
O Campo Grande News tentou contato com o advogado do empresário, porém não obteve retorno.
Operação - A operação desarticulou um esquema de fraude e irregularidades em licitações e contratos da Secretaria de Estado de Saúde e Fundação Hospitalar do Acre no valor de R$ 1,5 milhão com recursos federais.
As empresas investigadas na operação adulteravam cilindros de oxigênio. Segundo o delegado Eduardo Gomes, responsável pelas investigações, os suspeitos adquiriam os cilindros cheios e lacrados com 10 m³, abriam, retiravam o lacre e faziam a adulteração na quantidade do produto.
A ação foi desencadeada em Campo Grande, Acre e Ceará. No total, cinco pessoas foram presas sendo quatro preventivamente e uma temporária.
A Polícia Federal ainda não esclareceu a participação do empresário no esquema. Em Campo Grande, ele atuou como empresário nos ramos cerealista e automobilístico.