Capital

Polícia suspeita de latrocínio no caso de homem morto em terreiro

Michael Morgan Noronha Andredoli foi encontrado morto estrangulado com fio de ventilador na casa onde vivia

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 31/07/2018 09:52
Casa onde a vítima vivia e trabalhava na Vila Piratininga  (Foto: Saul Schramm)
Casa onde a vítima vivia e trabalhava na Vila Piratininga (Foto: Saul Schramm)

A Polícia Civil trabalha com as hipóteses de latrocínio e homicídio no caso do umbandista Michael Morgan Noronha Andredoli, 57 anos, morto seminu e estrangulado com fio de ventilador nesta segunda-feira (30), na casa onde vivia, na Avenida Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga, em Campo Grande. Alguns objetos da residência - celular e notebook - foram levados pelo autor.

Conforme o delegado Hoffman D'Avila, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, fazia 12 horas que a vítima havia sido morta quando foi encontrada. O corpo já estava em rigidez cadavérica. “Ainda não há nenhum suspeito. A circulação de pessoas na casa era intensa”, explica. Quanto à vítima ter sido encontrada seminua, o delegado disse que somente exame irá apontar se houve relação sexual antes do crime. 

Ainda de acordo com o delegado, considerando vários aspectos, dentre eles a profissão dele e a forma em que o corpo foi encontrado, a hipótese de suicídio foi descartada. Na casa, funcionava um terreiro de umbanda. A vítima fazia trabalhos espirituais, segundo relatos do filho dele de 30 anos à polícia.

Dona de um restaurante na região, Elza Domiciano, 50 anos, conhecia a vítima há 20 anos. Ela contou que ontem (30) por volta das 12h30 foi a última vez que viu o amigo. “As vezes ele ligava dizendo que não estava bem. Que não viria almoçar. Eu, então, vinha trazer o marmitex aqui”, relembra.

Amiga da vítima há 20 anos conta que viu Micahel pela última vez ontem por volta do meio-dia (Foto: Saul Schramm)

Ela relata ainda que há dois meses o amigo comentou que tinha um cara que tentou invadir a casa dele para roubar usando uma barra de ferro, mas depois não comentou mais sobre ameaça ou roubo. “Ele era muito apegado a família e atendia com hora marcada”, diz Elza.

Outro vizinho, Jean Carlos Ramiro, 30 anos, contou que todo o dia avistava Michael tirando o carro do quintal. “Ele era discreto. Ontem, por volta das 20h, a filha apareceu na casa o procurando, mas como ninguém atendeu ela foi embora”.

Caso - Michael foi encontrado morto seminu e estrangulado com fio de ventilador às 22h50 de ontem (30) na casa onde vivia e trabalhava. Estranhando a ausência do pai, o filho dele foi até a casa e se deparou com a cena do crime. Ele disse à polícia, que não tem ideia de quem cometeu o crime, pois o pai recebia muita gente na residência.

Nos siga no