Capital

Polícia quer responsabilizar mulher acusada de vender bebê por 15 abortos

Viviane Oliveira | 08/12/2011 16:21

A mãe, Deborah é acusada de ter praticado vários abortos e usava os fetos para ritual de magia negra

Regilene chegando na delegacia com a criança nos braços. (Foto: João Garrigó)
Regilene chegando na delegacia com a criança nos braços. (Foto: João Garrigó)

Deborah Henrique da Silva Diez Soliz, de 40 anos, acusada de vender a própria filha recém-nascida por R$ 500 pode responder por 15 crimes de abortos e comunicação falsa de crime, a pena para cada aborto e de um a três anos de prisão. A informação é da delegada da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Motta.

Conforme a delegada, até agora as investigações apontam que Regilene Henrique da Silva, 36 anos, prima da mãe do bebê não comprou a criança. Ela teria ficado com a menina para protegê-la de ritual de magia negra que Deborah fazia com objetivo de ficar rica.

A mãe, Deborah é acusada de ter praticado 15 abortos e usava os fetos para ritual de magia negra. “Temos um prazo de 30 dias para encerrar o inquérito. Vamos continuar ouvindo testemunhas sobre o caso”, afirma Regina que o primeiro passo é comprovar que a mulher fez esses abortos.

Segundo ela, já tem caminhos traçados para concluir as investigações, mas não quer revelar para não atrapalhar. De acordo com a delegada, até agora Regilene, Voeni e Janete, as mulheres envolvidas no caso, só queriam proteger a criança.

“Por enquanto elas não serão indiciadas, no depoimento as três afirmam que os R$ 500 não foram dados a mãe como pagamento, mas sim como uma ajuda”, finaliza.

Negócio - Mãe da criança, Deborah relatou que o marido não queria a filha. Mas, depois, aceitou o bebê. O casal já tem um filho deficiente.

Deborah disse que a sobrinha Voeni Henrique da Silva foi quem intermediou a venda da criança. Logo após o parto, ela comentou que pretendia deixar o bebê no setor de assistência social da Santa Casa, para que fosse encaminhado à adoção. Mas a sobrinha disse que arrumaria uma mulher rica que ficasse com o recém-nascido.

A menina nasceu no dia 29 de novembro e a mãe teve alta no dia seguinte. Na quarta-feira (6), arrependida, Deborah procurou a Depac Piratininga (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para denunciar a venda da criança.

Depoimentos - As três mulheres, conforme a polícia, disseram que a mãe saiu do hospital com a criança e depois a entregou para que ela fosse adotada. Como não queria que o bebê ficasse com um parente, a mãe, de acordo com os depoimentos, teria voltado atrás e procurado a polícia para recuperá-lo.

A delegada disse que Regilene, a suposta mulher que comprou a criança, pretendida procurar o conselho tutelar para regularizar a situação. O bebê foi entregue na manhã de ontem (7) na DPCA. A criança foi encaminhada para um abrigo.

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