Capital

Polícia quer ouvir família da cantora Liz em Marcelândia, por carta precatória

Paula Maciulevicius | 22/05/2012 15:37

Ao Campo Grande News a Polícia de Marcelândia afirmou que não tem informações de familiares da mulher

Uma das linhas de investigação da Polícia é que desaparecimento tenha sido motivado porque a cantora queria deixar o marido. (Foto: João Garrigó)
Uma das linhas de investigação da Polícia é que desaparecimento tenha sido motivado porque a cantora queria deixar o marido. (Foto: João Garrigó)

O delegado responsável pelo caso do desaparecimento da cantora Elisange Eugênio da Silva, Edílson dos Santos, pediu ajuda à Polícia Civil de Marcelândia, no Mato Grosso, para ouvir familiares de Liz, como a cantora é conhecida artisticamente.

A Polícia quer ouvir o pai e familiares que forem localizados por carta precatória. Uma das linhas de investigação aponta que o desaparecimento pode ter sido motivado porque a cantora queria deixar o marido, Waner Gonçalves, 50 anos e que ela pode ter voltado ao estado mato-grossense.

Ao Campo Grande News a Polícia de Marcelândia afirmou que não tem informações de familiares da mulher. Em consulta ao sistema de registro de ocorrências, a investigadora Raíde Osti, disse que Liz não tem passagens pela Polícia e nenhum registro onde apareça como vítima.

Segundo a investigadora da Polícia Civil, a dificuldade em encontrar familiares é devido à falta de informações mais concretas. “Está impossível de encontrar, a Polícia daí disse que o nome da mãe é Lourdes. Tentei colocar no sistema, mas nada foi encontrado”, conta.

Marcelândia está distante 160 quilômetros de Sinop. É uma cidade pequena de pouco mais de 6 mil habitantes que nem delegado titular presente tem. De acordo com a investigadora, o delegado que responde pela delegacia passa uma vez a cada três meses pelo município.

Desaparecimento - Elisange desapareceu no dia 26 de abril, quinta-feira, por volta de 21 horas. Ela foi vista pela última vez no Hotel Renascer, no centro de Campo Grande, nas proximidades da antiga rodoviária, onde o casal estava hospedado há um ano. A despesa das diárias, no valor de R$ 35, começou a acumular no fim do ano passado, em meados de dezembro, segundo Waner. À época em que Liz desapareceu, a dívida era de aproximadamente R$700.

Na noite do desaparecimento, o casal teria discutido sobre a dívida do hotel e Liz teria pegado quatro CD’s, os últimos que restavam e disse que iria tentar resolver o assunto. “Os CD’s eram vendidos por R$10. E ela sempre vendia em alguns pontos da avenida Afonso Pena”, disse o marido em entrevista anterior ao Campo Grande News. Ainda segundo ele, a mulher deveria ter começado a vender em uma lanchonete próxima ao hotel, mas nem passou por lá naquela noite.

Logo depois do sumiço da companheira, Waner acreditava que a dívida com o hotel poderia ter motivado uma possível fuga. Segundo ele, esse foi um dos motivos para explicar a demorar no registro do Boletim de Ocorrência, que só foi feito no dia 1° de maio, cinco dias após o desaparecimento.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, cinco pessoas já foram ouvidas durante as investigações. Nenhuma situação foi descartada e todas as possibilidades estão sendo apuradas, informou o delegado.

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