Capital

Polícia prende mulher que vendia remédios proibidos a caminhoneiros

Viviane Oliveira | 19/10/2011 17:34
Ela foi presa na noite de ontem com 433 comprimidos sem procedência. (Foto: Pedro Peralta)
Ela foi presa na noite de ontem com 433 comprimidos sem procedência. (Foto: Pedro Peralta)

Luci Puhl Ronsani, 46 anos, conhecida por Gaúcha, foi presa na noite de ontem (18), com vários comprimidos sem procedência, no Km 384 da BR-163, no bairro Chácara das Mansões em Campo Grande.

Na casa da mulher foram apreendidos 433 comprimidos e R$ 3.354 em dinheiro. Entre eles medicamentos que estão proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), desses 300 eram usados como rebites - comprimidos usados por caminhoneiros para ficar ligados.

Através de denúncias anônimas a Polícia montou campana em frente a um posto de combustível na rodovia. Ontem à noite Luci foi flagrada comercializando os medicamentos para um caminhoneiro.

De acordo com o delegado da Denar (Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico), Marco Antônio Balsanini, os medicamentos comercializados eram Pramil, Viagra - estimulantes sexuais, anfepramona e femproporex - usados para emagrecer. Esses dois últimos estão proibidos pela Anvisa.

Em entrevista, Luci disse que não sabia que era proibido vender os medicamentos. Ela não quis falar quem era o fornecedor e nem por quanto comprava e revendia os produtos.

“Eu tomo remédio para emagrecer há cinco e vendo há seis meses. Todo mundo quer ficar bonito em forma, não vejo problema nisso”, afirma.

Segundo o delegado, Luci será encaminhada para o presídio feminino, os remédios serão enviados para a perícia. O dinheiro será depositado em conta judicial.

“Com esta prisão estamos evitando morte de pessoas inocentes na estrada. Para manter em um período maior acordado os caminhoneiros tomam esses comprimidos, não percebem a sonolência e acabam causando acidentes graves”, explica Marco Antônio.

A pena para quem comercializa estes remédios é de 5 a 10 anos de prisão. O delegado disse que o objetivo agora é investigar quem é o fornecedor.

Rebite - O nome é dado à mistura de medicamentos à base de anfetaminas com a cafeína, encontrada na Coca-cola e em energéticos. A pessoa fica com mais energia e evita o sono.

A combinação é perigosa, pois chega em um determinado momento a pessoa dorme de olhos abertos. Sob estes efeitos, o motorista pode ter alucinações e causar acidentes.

Femproporex e anfepramona - São usados no combate à obesidade, grande parte do abuso na utilização do remédio é devido a sua propriedade estimulante capaz de também manter a pessoas acordada.

Desta forma, era muito utilizado de forma irresponsável por caminhoneiro. Para combater os problemas causados, a Anvisa proibiu a comercialização em outubro deste ano.

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