Capital

Polícia prende dono de supermercado por vender charque feito com carne vencida

Policiais ainda encontraram um abatedouro ilegal em uma das propriedades vistoriadas

Geisy Garnes | 10/07/2019 18:16
Carnes usadas para charque estavam vencidas (Foto: Polícia Civil)
Carnes usadas para charque estavam vencidas (Foto: Polícia Civil)

Proprietário de um supermercado, de 50 anos, foi preso ao ser flagrado produzindo charque com carne vencida em Porto Murtinho – a 431 quilômetros de Campo Grande. A ação apreendeu ainda mais de uma tonelada de carne imprópria para o consumo.

O flagrante aconteceu durante operação de fiscalização em mercados e propriedades rurais com suspeita de realizar abate clandestino no município. Ação contou com a participação de equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Vigilância Sanitária Estadual.

Conforme a Polícia Civil, o proprietário do supermercado, identificado como Júlio Ximenes, de 50 anos, produzia charque sem registro de inspeção veterinário oficial e utilizava carne vencida na fabricação do produto. Durante vistoria, foram apreendidas mais de meia tonelada de carne imprópria para o consumo. O suspeito foi preso em flagrante.

Em fiscalização a uma conveniência, os policiais e fiscais encontraram indícios da comercialização de carne bovina clandestina, em razão do tipo de corte. Diante da situação, uma equipe foi à fazenda do proprietário do estabelecimento e encontrou um abatedouro ilegal.

O proprietário foi identificado como Adolfo Olmedo, de 49 anos, mas não foi localizado pelas equipes. Na conveniência foram apreendidos 771 quilos de carne e agora o comerciante irá responder por “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo”.

O crime prevê pena de detenção de dois a cinco anos ou multa, o que impossibilitou o arbitramento de fiança. Ainda segundo a polícia, as fiscalizações de combate ao abate clandestino de carne e o seu comércio ilegal continuarão em outras cidades do Estado.

Policiais ainda encontraram um abatedouro ilegal (Foto: Polícia Civil)
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