Capital

Polícia pede prisão, mas mulher que botou fogo na casa de arquiteto é solta

Para o responsável pela ocorrência, ela poderia tentar incendiar o imóvel onde funciona o escritório de Luis Pedro Scalise de novo

Anahi Zurutuza | 21/01/2020 12:09
Portão e jardim foram danificados pelas chamas (Foto: Henrique Kawaminami)
Portão e jardim foram danificados pelas chamas (Foto: Henrique Kawaminami)

A vizinha da “Casa do Papai Noel” que admitiu ter colocado fogo no imóvel onde hoje funciona o escritório do arquiteto Luis Pedro Scalise teve a liberdade provisória decretada durante audiência de custódia na manhã desta terça-feira (21).

O delegado José Roberto de Oliveira Júnior, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, havia representado pela prisão preventiva (por tempo indeterminado) da mulher de 60 anos.

Para o responsável pelo registro da ocorrência, ela poderia voltar a tentar incendiar a residência do vizinho. “Medidas cautelares diversas da prisão são adequadas e insuficientes ao caso” por “se tratar de pessoa que, se solta, teria os mesmo estímulos relacionado com o crime ora praticado, estando livre para novamente atear fogo ao referido imóvel visando sua destruição total”.

O juiz entendeu que a vizinha, no entanto, deve responder em liberdade, desde que ela compareça em juízo uma vez por mês, informe e justifique que tem ocupação, além comprovar seu endereço.

O caso - A casa, na Rua Roberto Perez, no Jardim dos Estados, em Campo Grande, já abrigou a famosa Casa do Papai Noel, aberta para visitação pela última vez em 2017.

Moradora da imóvel ao lado, a mulher presa reclamou aos bombeiros e à polícia que há muito tempo, porém, a residência do vizinho está abandonada e afirmou aos bombeiros, que foram ao local para combater as chamas durante a madrugada, que “não suportava mais tanto mosquitos e escorpiões vindo da residência”.

Luis Pedro nega. Ele afirma que ainda utiliza o local como escritório e que vai ter problemas para receber clientes e tocar projetos em andamento, mas não falou em cobrar a vizinha.

Em entrevista ao Campo Grande News, ele contou ainda que foi avisado sobre o incêndio pelo gerente do Grous Bar, a “ninho gigante” localizado na Rua Antônio Mari Coelho cujo projeto também foi assinado pelo arquiteto. O funcionário ia embora para casa depois de fechar o estabelecimento.

“Ela estava fora de si, assumiu que fez, falou que queria dar um susto. Tomara que ela se restabeleça e fique bem. Graças a Deus o gerente viu e conseguiu chamar os bombeiros, se não pegaria fogo na casa toda”, contou o Scalise.

No boletim de ocorrência, a equipe da PM (Polícia Militar) acionada para a ocorrência relatou que a mulher aparentava ter consumido álcool. Na frente da residência foi recolhido um galão com óleo de cozinha, material que teria sido usado para provocar as chamas.

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