Capital

Polícia pede mais prazo para concluir inquérito de morte no lixão

Paula Vitorino | 08/03/2012 11:59

O delegado da 5ª Delegacia de Polícia Civil, Jairo Carlos Mendes, pediu mais prazo à Justiça para concluir o inquérito da morte do garoto de 9 anos no lixão de Campo Grande. Maikon Correia Andrade foi soterrado em meio ao lixo enquanto trabalhava no local, em dezembro do ano passado.

De acordo com o delegado, essa é a segunda vez que foi pedido mais prazo para concluir o inquérito. Ele explica que o caso ainda depende de mais informações para ser concluído e por isso não pode falar em prazos para o encerramento.

Jairo não informou detalhes da investigação, mas adiantou que falta ouvir diversas testemunhas, resultado de laudos e que a Polícia está fazendo diligências no lixão e em outros locais.

A investigação tenta encontrar todos os envolvidos na morte do menino e apurar se houve negligência dos pais, como também do poder público. Jairo ressalta que ainda é cedo para dizer se alguém tem culpa, mas que estão fazendo tudo que pode ser feito dentro investigação.

História - O menino de 9 anos estava junto com outras crianças num lugar chamado de barranco, dentro da montanha de lixo, quando aconteceu o desmoronamento.

Catadores de lixo que atuam no local viram quando as crianças estavam no barranco e um caminhão chegou para despejar entulho.

O lixo foi empurrado para o barranco por uma máquina, como é praxe e, nesse momento, conforme contaram os trabalhadores, houve o desmoronamento em direção às crianças.

A busca por Maikon começou por volta das 16h30, após trabalhadores verem a criança ser soterrada. No local estiveram três ambulâncias do Corpo de Bombeiros e uma do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).

O corpo de Maikon só foi localizado depois de 20h de buscas. A operação de busca – em meio a toneladas e toneladas de lixo, chorume e degradação – contou com 15 bombeiros, três escavadeiras e oito operadores de máquinas.

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