Capital

Polícia investiga se empresário foi vítima de novo tipo de sequestro

Edivaldo Bitencourt e Graziela Rezende | 04/04/2014 09:10
Maria de Lourdes Cano, da Defurv, comandas as investigações sobre o sumiço do empresário (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)
Maria de Lourdes Cano, da Defurv, comandas as investigações sobre o sumiço do empresário (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)

A Polícia Civil suspeita que o empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, desaparecido desde a tarde de terça-feira (1º), pode ter sido vítima de uma nova modalidade de sequestro. Casos semelhantes já foram registrados em São Paulo e Brasília (DF).

Conforme um policial da Defurv (Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos), uma das hipóteses é de sequestro. Os bandidos estariam agindo de forma diferente: eles pegam a vítima, esperam a “poeira abaixar” e depois fazem o pedido de resgate.

Desde de quarta-feira, o movimento é intenso na delegacia e dois homens chegaram a ser ouvidos como suspeitos, mas foram liberados. Outras cinco testemunhas também foram ouvidas.

No entanto, o mistério sobre o paradeiro do comerciante intriga os agentes da Polícia Civil. A principal é que o carro Golf prata, 2009/10, placa HTJ 7457, de Erlon, não foi localizado.Também não há pistas de que o veículo foi levado para o Paraguai. O sistema de segurança pública tem um monitoramento de carros que passam nas rodovias de acesso ao Paraguai que não registrou o carro.

Os investigadores suspeitam que Erlon foi a segunda vítima desta modalidade na Capital. Um outro homem, que também anunciou veículo no site bomnegócio.com, teve o encontro marcado para mostrar o carro no Parque dos Poderes, mas desconfiou do suposto comprador e acabou desistindo do encontro.

Erlon sumiu após marcar o encontro a partir do site de vendas pela internet na Avenida Interlagos, perto da rotatória da Coca-Coca, na saída para São Paulo.

A Polícia chegou até a usar um avião para sobrevoar a Capital em buscas de pistas do empresário e do carro na quarta-feira.

Familiares e amigos também rastreiam bairros e lugares da zona rural para tentar localizar Erlon.

Ontem, o pai do comerciante, Lino Bernal, 57, afirmou que a família está desesperada e “dilacerada” com a falta de notícias do filho.

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