Capital

Polícia investiga se comerciante estava bêbado quando atropelou catador

Em entrevista ele contou que não viu a vítima e que no momento do acidente achou que só tinha atingido “um objeto”

Geisy Garnes e Maressa Mendonça | 03/09/2019 17:52
Momento em que caminhonete atinge catador de reciclável em frente ao Bptran. (Foto: Reprodução vídeo)
Momento em que caminhonete atinge catador de reciclável em frente ao Bptran. (Foto: Reprodução vídeo)

A Polícia Civil vai apurar se o comerciante Antenor Maurício Jacob Rodrigues, de 50 anos, ingeriu bebidas alcoólicas antes de atropelar e matar o catador de material reciclável, ainda não identificado, na madrugada de sábado, dia 31 de agosto, em Campo Grande. Após o acidente, ele fugiu sem prestar socorro.

O comerciante se apresentou á polícia nesta segunda-feira (2) e confessou ter atropelado o catador. Ele contou que não viu a vítima e que no momento do acidente achou que só tinha atingido “um objeto”, por isso não parou para ajudar. Afirmou ainda que só descobriu sobre a morte no dia seguinte, quando leu as notícias a respeito.

Agora o caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, que vai apurar a velocidade em que Antenor estava quando atingiu o catador e também se ele havia bebido antes do acidente. “Eu tava degavar. É meu costume pela experiência de vida, eu ando devagar”, afirmou o comerciante em entrevista ao Campo Grande News.

O atendimento dado por policiais do BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), também devem ser apurados, já que a sede das duas instituições ficam a poucos metros do local em que o atropelamento ocorreu.

O acidente – O atropelamento aconteceu às 1h53, no cruzamento da rua Bahia com Barão do Rio Branco. Em vídeo obtido pela reportagem, o catador aparece empurrando o carrinho e ao atravessar a rua, próximo da faixa de pedestre, é atingido pela caminhonete Hilux. Nas imagens é possível ver que o motorista sequer desacelera, e foge do local.

Segundo o registro policial, um motorista de aplicativo que trafegava atrás da caminhonete no momento do acidente tentou seguir o veículo. O motorista diz que a velocidade era alta e que viu quando a Hilux parou na frente do mercado na Rua Amazonas. Quando a testemunha fez a volta na quadra para voltar e tentar identificar o motorista, Antenor Maurício não estava mais lá.

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