Capital

Polícia investiga gangue que pichou mais de 300 locais na Capital

Edivaldo Bitencourt e Helton Verão | 10/05/2013 17:14
Pichações estão presentes por toda cidade. Na rua 15 de Novembro vários locais estão pichados (Foto: Helton Verão)
Pichações estão presentes por toda cidade. Na rua 15 de Novembro vários locais estão pichados (Foto: Helton Verão)

A ação dos pichadores entrou de vez na mira das autoridades públicas de Campo Grande. A Polícia Civil investiga uma gangue, que seria integrada por 22 jovens e em torno de 10 adolescentes, que pichou cerca de 300 locais em 10 bairros da Capital.

A ofensiva atinge até os amigos do grupo, que incentiva ou convida os pichadores para sujar prédios particulares e públicos, nas mídias sociais, como o Facebook.

A investigação é conduzida pelo delegado Moura Fé, da 6ª Delegacia de Polícia, no Bairro Tijuca. A Polícia já apreendeu quatro computadores, tintas, sprays, borrifadores e outros materiais usados por pichadores na região.

A Polícia tem cópias do grupo comemorando as pichações no Facebook. Eles podem ser indiciados por crime contra o meio ambiente, dano ao patrimônio público, corrupção de menores e formação de quadrilha. As penas de prisão podem somar de quatro a nove anos de prisão.

Ação – A suposta quadrilha tem uma área de ação muito ampla, que vai dos bairros Tijuca, Caiçara e Taveirópolis, na saída para Sidrolândia, até os bairros Nova Lima e Nova Bahia, na saída para Cuiabá.

Além do inquérito policial na 6ª DP, o grupo pode estar respondendo a outros inquéritos por crimes ambientais e danos ao patrimônio público na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Proteção ao Turista).
Moura Fé suspeita que os 32 suspeitos de pichar prédios públicos, casas, lojas e praças possuem vínculos.

Repressão e ação – Ontem, a Guarda Municipal flagrou mais quatro jovens com materiais de pichações e maconha na Praça das Araras. É a continuidade do trabalho de inteligência do órgão para combater as pichações.

Delegado intimou 22 pessoas para explicar sobre pichações (Foto: Simão Nogueira)

De acordo com Luidson Noleto, as pichações estão concentradas, principalmente, na Orla Morena. Os agentes patrimoniais do município estão de olho e vem, quase que diariamente, efetuando prisões em flagrante de pichadores na Capital.

Além da repressão, o órgão vem promovendo o programa “Campo Grande contra Pichação” para incentivar a utilização de grafite. No entanto, segundo Noleto, o jovem pode fazer a arte, mas, para não ser crime, a atividade precisa do aval do dono do imóvel ou do poder público.

Noleto alerta que a atividade pode comprometer o futuro profissional dos pichadores. Eles podem ser impedidos de assumir cargos públicos ou realizar outras atividades por serem fichas sujas.

A próxima etapa do projeto acontecerá na quinta-feira, a partir das 17h, no Teatro de Arena da Orla Morena. Na ocasião, a população é convidada a dar uma pincelada para ajudar a limpar as pichações da Orla Morena.

Além disso, a Secretaria Municipal de Educação promove campanha de conscientização nas escolas da rede pública.

Denuncie - E quem quiser denunciar a ação dos vândalos, pode ligar par ao Disque Pichação no 153 ou para o 190 da Polícia Militar.

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