Capital

Polícia investiga comércio ilegal de carros e esquema para fuga de blitze

Em grupos no Facebook e WhatsApp, comerciantes de veículos com documentação falsa também avisam clentes sobre os locais das fiscalizações

Anahi Zurutuza e Marcus Moura | 16/04/2017 18:11

A prisão de um jovem, de 18 anos, com um carro “bob” (irregular) numa blitz na madrugada deste domingo (16) deflagrou investigação sobre esquema de venda ilegal de veículos com documentação falsa em Campo Grande.

O comércio, que seria feito por grupos no Facebook e WhatsApp, ainda usa como atrativo sistema de divulgação de informações para que clientes fujam da polícia.

O delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Enilton Pires Zalla, foi quem registrou a ocorrência e, segundo ele, um aviso será emitido para que servidores de todas as delegacias “saiam à caça” dos grupos virtuais que perpetuam o esquema. A Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos) deve comandar as investigações.

Foi Liniker Ferreira Lemes, detido por volta das 3h30 de hoje com um VW Golf com documentos falsos, quem delatou a existência do grupo no Facebook onde comprou o carro, sabendo que se tratava de veículo com a documentação atrasada.

O delegado destacou que ele “se deixou levar pelos encantamentos da aparência do veículo, sem se preocupar com sua regularidade administrativa e documental” e classificou a documentação do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) – que é emitido anualmente, sempre que a licença é paga – como grosseira.

Liniker contou aos policiais, que faziam blitz na Afonso Pena, que havia sido avisado de outra fiscalização antes de ser parado na avenida da região central.

O uso de documentos falsos é crime previsto no artigo 304 do Código Penal. Já a divulgação dos locais onde a polícia faz blitze e outras fiscalizações estão previsto no artigo 265, que prevê pena de um a cinco anos de reclusão.

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