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Polícia indicia estudante de 22 anos por incêndio em prédio que matou 2

Helton Verão | 08/02/2013 18:19
O incêndio aconteceu no dia 2 de outubro de 2011 (Foto: Simão Nogueira)
O incêndio aconteceu no dia 2 de outubro de 2011 (Foto: Simão Nogueira)
O fogo começou no forno do apartamento no 9º andar (Foto: Simão Nogueira / Arquivo)

Foi concluído hoje (8) o inquérito sobre o incêndio no edifício Leonardo da Vinci, que resultou na morte do publicitário Giovanni Dolabani Leite, de 24 anos, e de Kátia da Silva Soares Barroso, 37 anos, no dia 2 de outubro de 2011.

O delegado responsável pelo caso, Miguel Said, do 1º Distrito Policial, indiciou João Gabriel D’Osualdo, de 22 anos, morador do apartamento onde começou o incêndio, no 9º andar, por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O jovem que contou em sua versão que teria chegado ao edifício e ido direto ao andar da namorada, o 13º. Depois teria descido ao 9º para trocar de roupa e voltado ao 13º. Versão contestada, na conclusão do inquérito.

O laudo confirma que o botão do forno do apartamento no 9º andar estava na posição ligado. “Naquela noite, a mãe fez um risoto no forno, foram ao teatro e voltaram. João Gabriel chegou foi direto ao seu apartamento, ficou por cerca de dez minutos, teria ligado o forno e em seguida foi ao apartamento da namorada no 13º andar e apenas uma hora e vinte depois ao sentir o cheiro e ver as chamas voltou ao 9º andar”, concluiu Said, com base nas imagens do circuito interno do edifício e depoimento de familiares.

Delegado Miguel Said o jovem por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Segundo o delegado, ele já tinha a convicção sobre caso através do laudo da Polícia Civil. Mas que o proprietário do edifício Leonardo Da Vinci solicitou um parecer técnico particular, e que preferiu esperar e foi entregue hoje. “A versão que ele sustentou não era cabível, já que se ele tivesse ido ao apartamento e não tivesse ligado o forno, ele teria percebido o cheiro e a fumaça”, explica Said.

João Gabriel D’Osualdo ainda reside no Leonardo Da Vinci, segundo seu advogado. Se condenado, ele pode cumprir de um a três anos de prisão por cada homicídio.

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