Polícia faz batida em cracolândia após matéria do Campo Grande News

A Polícia Civil fez batida no final da manhã desta sexta-feira (4) na vila de quartos que se transformou em cracolândia, na rua do Barbosas no bairro Amambaí, em Campo Grande. Matéria do Campo Grande News, no ar deste ontem à noitinha, mostrou que o lugar virou ponto de venda e uso de drogas com menos de um ano de existência.

De acordo com o delegado da 1ª Delegacia de Polícia, Wellington de Oliveira, os policiais fizeram revistas em todos os quartos e não encontraram nada. “Viemos fazer uma batida para ver como estava o local”, disse.

O responsável pelo local, Adão Moreira, de 36 anos, que se apresenta como irmão do proprietário, entregou todas as chaves dos quartos à Polícia. “Os inquilinos devem ter ido embora depois da matéria”, relata.

Quanto ao lugar funcionar como pensionato, Wellington de Oliveira disse que cabe à prefeitura verificar se a vila de casas tem alvará. O delegado orientou Adão a fazer um chekin das pessoas que alugam os imóveis.

Visita - Na manhã de ontem (3) o Campo Grande News esteve no local e conversou com Adão Moreira que apresentou as dependências da “pousada” à equipe de reportagem.

No local, que tem 18 quartos, havia pelo menos 6 hóspedes, entre eles um casal de venezuelanos, com duas crianças ainda de colo. No outro, uma jovem que se apresenta como garota de programa e diz estar na casa há mais de 1 ano.

Nos fundos da “pousada”, sozinha, outra jovem que se apresenta como Débora. Tem 21 anos e contou que estava há 1 mês e três dias na pousada.

Entre os moradores da região o comentário é de que a casa funciona como um ponto de venda de drogas e de prostituição há pelo menos 1 ano, depois que o proprietário construiu vários quartos na frente do terreno.

No dia 25 de abril, policiais civis estiveram no local e encontraram um menino de 3 anos, dentro de um quarto, junto com o pai que foi flagrado consumindo pasta base de cocaína.

Adão Moreira confirma que aluga os quartos para garotas de programa, mas nega que a casa seja um ponto de comercialização de drogas. O pai flagrado consumindo entorpecente, afirma, foi um caso isolado.