Capital

Polícia encontra garrafa de vodca em carro de advogado que matou PM no trânsito

Além de estar embriagado, o advogado Helder da Cunha Rodrigues não tem Carteira Nacional de Habilitação

Viviane Oliveira | 19/10/2020 10:07
Garrafa de vodca com liquído pela metada foi encontrada em carro de advogado (Foto: Henrique Kawaminami) 
Garrafa de vodca com liquído pela metada foi encontrada em carro de advogado (Foto: Henrique Kawaminami) 

A Polícia Civil encontrou garrafa de vodca pela metade no Chevrolet Cobalt dirigido pelo advogado Helder da Cunha Rodrigues, 38 anos, envolvido no acidente que causou a morte do soldado da Polícia Militar Luciano Abel de Carvalho Nunes, 29 anos, na manhã desta segunda-feira (19). Hélder não tem CNH (Carteira Naconal de Habilitação). 

A colisão aconteceu por volta das 4h em cruzamento sinalizado da Avenida Ministro João Arinos com a Centaurea, no Bairro Cidade Jardim, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. 

Helder da Cunha Rodrigues, 38 anos, envolvido no acidente que causou a morte do soldado da PM (Foto: Facebook/Reprodução)

Segundo apurado pelo Campo Grande News, após o acidente Helder se apresentou como advogado para uma testemunha e na sequência fugiu a pé. Quando  a polícia chegou, a testemunha contou para a equipe policial que o motorista aparentava estar sob efeito de álcool e repassou as características dele. 

Em rondas, o advogado foi localizado em frente ao Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada). Ao ser indagado sobre o acidente, mentiu afirmando que havia acabado de sair do carro de motorista de aplicativo. Porém, Helder apresentava sinais de embriaguez, estava muito nervoso e com as roupas sujas de terra. Ele foi levado até o local do acidente e lá a testemunha confirmou que era ele quem dirigia o automóvel no momento da colisão.

O advogado foi submetido ao teste de alcoolemia e o resultado deu positivo de 0,76 milímetros de álcool por litro de sangue. Ele foi preso em flagrante na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. 

Segundo a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), a oitiva do advogado foi acompanhada pela presidente da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados, Silmara Salamaia. Assim que o órgão for comunicado formalmente, abrirá procedimento para análise da conduta do advogado envolvido no acidente, que será encaminhada ao Tribunal de Ética e Disciplina.

Luciano Abel era lotado no Batalhão de Guarda e Escolta (Foto: reprodução/Facebook) 

Acidente - Conforme o delegado Lucas Caires, Luciano seguia numa motocicleta Yamaha XJ6 600 cilindradas, quando foi atingido pelo Chevrolet Cobalt. Depois da pancada, tanto o corpo da vítima quanto o carro do advogado foram parar no canteiro central. O Corpo de Bombeiros foi acionado, tentou reanimar a vítima, mas sem sucesso. O PM morreu no local. 

Matéria alterada às 6h21 do dia 20 de outubro para correção de informação.

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