Capital

Polícia diz que buscas por corpo de Kauan devem ser retomadas amanhã

Menino de 9 anos ficou quase um mês desaparecido e caso começou a ser desvendado anteontem

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 23/07/2017 09:10
Policiais militares, civis e bombeiros trabalharam nas buscas pelo rio Anhanduí neste sábado (Foto: Marcos Ermínio)
Policiais militares, civis e bombeiros trabalharam nas buscas pelo rio Anhanduí neste sábado (Foto: Marcos Ermínio)

O corpo do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, estuprado até a morte há quase um mês em Campo Grande, ainda não foi localizado e as buscas devem ser retomadas nesta segunda-feira (23), segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, que chefia a investigação.

Lauretto revelou que vai se reunir com o comando do Corpo de Bombeiros e que a Polícia Civil com a corporação traçarão nova estratégia de buscas. Ele não descarta, portanto, retomar os trabalhos no rio Anhanduí, onde os suspeitos de terem cometido o crime confessaram terem atirado corpo.

O delegado titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) mandou encerrar as buscas por volta das 9h30 deste sábado (22).

Na manhã de ontem, a tenente do Corpo de Bombeiros, Juliana Ribeiro, disse apenas que por solicitação do delegado, as buscas estavam suspensas e não deu mais nenhuma informação sobre os motivos do encerramento.

A família, entretanto, teria sido informada que as investigações tomaram um novo rumo.
Bombeiros encontraram no rio um saco preto com restos mortais de um cachorro e também um pedaço de plástico com fios de cabelo. Este último foi encaminhado para a perícia.

Bombeiro consola família de Kauan durante buscas neste sábado (Foto: Marcos Ermínio)

Crime – Kauan foi estuprado até a morte por um homem de 38 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia. Depois de morto, o suspeito e o adolescente de 14 anos que participou do crime, jogaram o corpo no rio Anhanduí, no trecho da avenida Thirson de Almeida, continuação da Ernesto Geisel, segundo contaram ao delegado.

O menino morava no bairro Aero Rancho – bairro do sul de Campo Grande – e passava boa parte do dia na rua, segundo Lauretto.

Na noite do dia 25 de junho, Kauan estava a cerca de 3 km de casa, no bairro Coophavilla, cuidando de carros. O adolescente, que era conhecido de Kauan, o encontrou e levou o menino até a casa do homem.

Lá, o suspeito começou a estuprar o garoto, mas como Kauan se debatia, chorava bastante e gritava muito, o homem pediu para o adolescente segurar as mãos da criança enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.

Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte e resolver se livrar do corpo.

Pedofilia – Conforme a investigação, o pedófilo, que se identificada como professor, dava dinheiro para o adolescente levar crianças para a casa dele, onde ele as estuprava. Há indícios de que até o próprio adolescente que participou do crime já tinha sido abusado pelo homem.

Na residência do suspeito, foram encontrados vários filmes pornográficos e dois filmes do próprio homem tendo relações sexuais. As investigações tentam apurar se ele também não teria estuprado mais dois pré-adolescentes de 10 e 11 anos.

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