Capital

Polícia deflagra operação para coibir venda de estimulante sexual no Centro

Alan Diógenes | 13/08/2015 16:13
Operação foi deflagrada na região do Camelódromo. (Foto: Divulgação)
Operação foi deflagrada na região do Camelódromo. (Foto: Divulgação)
Delegado Elton de Campos, da Decon, explica que venda de Pramil é proibida no país. (Foto: Pedro Peralta)

Após denúncia anônima de que ambulantes estariam vendendo Pramil, estimulante sexual mais conhecido como Viagra e vendido ilegalmente no país, duas delegacias de Campo Grande juntamente com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Vigilância Sanitária deflagraram uma operação, na manhã desta quarta-feira (13).

Policiais da Decon (Delegacia do Consumidor) e da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), acompanhados dos órgãos, abordaram cerca de 20 vendedores ambulantes nas imediações do Camelódromo e principais ruas do Centro da Capital. Apesar da ação, não foi encontrado nenhum vendedor com o medicamento.

Conforme o delegado da Decon, Elton de Campos Galindo, alguns ambulantes tiveram produtos, como: relógios, carteiras, cintos e correntes; apreendidos por não estarem cadastrados na prefeitura e sem nota fiscal. Funcionários da Semadur os orientaram a procurar o órgão para fazer o cadastro.

Segundo as investigações, o Pramil estava sendo comercializado por alguns ambulantes por R$ 60, a cartela. “O medicamento possui substâncias encontradas em outros medicamentos no Brasil, o problema é que ele chega ao país de forma clandestina, sem cadastro na Vigilância Sanitária e são proibidos de ser comercializados”, explicou o delegado.

As diligências irão continuar para coibir a venda do produto. Um inquérito policial também já foi aberto para apurar o caso.

Nas ruas da Capital, apesar da fiscalização, ainda é possível encontrar ambulantes comercializando produtos sem autorização dos órgãos reguladores. Serigne Amadou Diop, 37 anos, é um deles.

Ele conta que veio de Senegal há três anos, não encontrou emprego apesar de ter curso de soldagem, e a única opção foi optar pela venda ambulante. Serigne disse que já procurou a prefeitura para regularizar a situação, sem sucesso.

“Não posso ficar sem trabalhar, como vou fazer para me sustentar e ainda pagar o aluguel de R$ 350. Mesmo vendendo os produtos ganho pouco, por exemplo, durante a semana toda só consegui vender uma corrente de R$ 20", finalizou.

Apesar de fiscalização, ambulantes ainda são vistos vendendo produtos de forma ilegal no Centro. (Foto: Pedro Peralta)
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