Polícia conclui inquérito e encontra arma usada em assassinato de menina
A Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) concluiu o inquérito do caso da adolescente, de 17 anos, que matou uma estudante de 16 anos após uma briga no terminal de ônibus Nova Bahia, em Campo Grande, no dia 3 de março. A menor vai responder por ato infracional análogo ao homicídio doloso e à tentativa de homicídio e pode ser internada por até três anos.
De acordo com a delegada titular da Deaij, Rôzeman de Paula, o canivete usado para esfaquear Luana Braga Vilella foi encontrado em um terreno baldio próximo a casa da autora. A adolescente já havia indicado o local, porém a polícia não havia encontrado o objeto, por conta da grande quantidade de entulhos no terreno.
O canivete foi encaminhado para a perícia, para que seja confirmado se o objeto foi usado no crime.
O caso foi encaminhado para a promotoria e será julgado como ato infracional. O juiz irá decidir se a adolescente cumprirá medidas socioeducativas ou será internada em uma UNEI (Unidade Educacional de Internação). A pena pode ser de até três anos.
Crime - A briga começou por um desentendimento por relacionamento homoafetivo. A adolescente que esfaqueou saiu correndo e entrou em um ônibus. Dois guardas municipais que faziam a segurança do terminal socorreram Luana e aguardaram a chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel à Urgência). A vítima morreu horas depois na Santa Casa.
Apreensão - A adolescente foi apreendida pela Polícia Militar, após ir à casa de sua professora alegando que queria desabafar. Com medo, a mulher acionou a polícia. Ela foi encaminhada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, prestou depoimento e foi liberada.