Capital

Polícia Civil apreendeu 1,6 mil garrafas em fábrica clandestina de cachaça

Marta Ferreira e Viviane Oliveira | 07/12/2011 18:21

Estabelecimento no bairro Nova Lima não tinha qualquer tipo de autorização. Dono foi preso.

Cachaça era armazenada e manipulada nesta casa, no bairro Nova Lima. (Foto: Pedro Peralta)
Cachaça era armazenada e manipulada nesta casa, no bairro Nova Lima. (Foto: Pedro Peralta)

Policiais civis e fiscais do Ministério da Agricultura apreenderam 1,6 mil garrafas e 600 litros de cachaça da marca Jóia, na fábrica clandestina fechada hoje no bairro Nova Lima, em Campo Grande. O proprietário foi preso e está sendo autuado em flagrante por crime contra a relação de consumo.

Ele não tinha qualquer tipo de autorização para fabricação do produto. No local, as condições encontraram eram péssimas, conforme a delegada Suzimar Batistela, da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). O negócio existia há um ano e meio. Segundo ela, não era propriamente uma destilaria, já que não havia alambique.

No local, segundo o dono informou, a cachaça que vinha de Três Lagoas era manipulada armazenada em tambores, para depois ganhar sabor, de abacaxi e canela. Também era vendida pura.

Conforme a delegada, no prédio funcionava um depósito de bebida, que era distribuída a revendedores, e era feita a mistura. Não havia a venda ao consumidor, segundo apurado até agora. Tudo era feito em uma casa, que estava fechada nesta tarde

O proprietário é dono também de uma merceria, na região, mas a Polícia ainda não sabe se lá era vendida a cachaça. A mercearia também estava fechada.

Na vizinhança do local, três moradores ouvidos pelo Campo Grande News disseram que a existência do estabelecimento.

Entre eles, o fechamento foi criticado. “São trabalhadores”, definiu um senhor de 63 anos. “Isso é coisa de língua-preta que quer prejudicar eles”, afirmou.

A delegada disse que as condições de higiene do local eram muito ruins. Segundo ela, só o reaproveitamento de garrafas long neck para envasar o produto já indica um risco ao consumo.

Só o juiz poderá arbitrar fiança para o proprietário, que está na Decon mas deve ser transferido para uma delegacia onde há carceragem.

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