Capital

Polícia apreende avião que ‘caiu’ com família Huck e investiga duas mortes

Equipe também apreendeu computadores, documentos e peças de avião em hangares do Aeroporto Teruel

Anahi Zurutuza e Liniker Ribeiro | 18/12/2017 12:57
Pátio de oficina clandestina; ao fundo, carcaça de avião que transportou a família Huck e hoje é chamado de “sucatão” (Foto: André Bittar)
Pátio de oficina clandestina; ao fundo, carcaça de avião que transportou a família Huck e hoje é chamado de “sucatão” (Foto: André Bittar)

A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), que deflagrou mais uma fase da Operação Ícaro nesta segunda-feira (18), apreendeu a aeronave que transportou o casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica, os filhos e duas babás, em maio de 2015.

O avião teve uma pane seca e precisou fazer um pouso forçado na área rural de Campo Grande. A polícia agora investiga se aeronave havia recebido manutenção ilegal.

 Outras três aeronaves em manutenção foram apreendidas, além do avião modelo EMB 821 Carajá, prefixo PT ENM, que transportou a família Huck e agora é chamado de “sucatão” porque servia apenas para a retirada de peças que seriam reutilizadas pelas oficinas clandestinas.

Os policiais levaram ainda computadores, documentos e peças encontrados em pelo menos três hangares vistoriados no Aeroporto Teruel. As empresas alvo foram: Hora Hangar Oficina e Recuperação de Aviões, MS Táxi Aéreo – ambas de Arlindo Dias Barbosa – e da AvionicsBertin, que pertence a Marcelo Bertin, que estava no aeroporto privado e não quis falar com a imprensa.

Cena do acidente com a família Huck (Foto: Arquivo)
Destroços do avião que caiu em Miranda (Foto: Arquivo)
Advogado Marco Túlio, que morreu no acidente no dia 6 de dezembro de 2014 (Foto: Arquivo)

Mortes – Esta fase da Operação Ícaro, chamada Vastum (sucata), também investiga duas mortes. A mais recente aconteceu em setembro do ano passado.

O avião de prefixo PT-VKY, modelo Embraer EMD-810 Sêneca III saiu de Campo Grande com destino a Miranda, no dia 19 de setembro. Estavam na aeronave o piloto Marcos David Xavier, de 34 anos, e mais cinco passageiros que ficaram na fazenda BR PEC. Na volta, o avião caiu e o piloto, que prestava serviços para a MS Táxi Aéreo, morreu.

Outro acidente aconteceu em Jaraguari, a 25 quilômetros de Campo Grande, em 6 de dezembro de 2014. O advogado Marco Túlio Murano Garcia e o piloto do avião morreram.

Operação – Até agora, quatro pessoas foram presas nesta segunda-feira. Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco, foram presos com armas e munições Arlindo Dias Barbosa, o primo dele, Amadeu Barbosa, da empresa ATT Aerotur Transporte e Turismo, Nelson Heleno, da Heleno Tur Transportes, e um homem identificado apenas como Bueno, gerente da Aerotur.

O objetivo da fase Vastum é desarticular quadrilha que utilizava peças ilegais em manutenção de aeronaves.

No total, foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão.

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