Capital

Poeira e escuridão "castigam" moradores do bairro dos casarões

Alan Diógenes | 23/05/2015 10:49
Moradores de casarões e sobrados pedem mais infra-estrutura em bairro. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores de casarões e sobrados pedem mais infra-estrutura em bairro. (Foto: Marcelo Calazans)
Moradora disse que furtos à residências são constantes devido à falta de iluminação. (Foto: Marcelo Calazans)

O cenário repleto de sobrados e casarões tem feito jus ao nome do Bairro Jardim das Mansões, em Campo Grande. Nos últimos anos a população de classe média foi atraída pelas corretoras de imóveis para o local e o que se vê na região são casas em plena construção. O problema é que os novos moradores pedem mais infraestrutura para o bairro, que ainda não é pavimentado e tem pouca iluminação.

O mestre de obras Nestor Recalde, 32 anos, que mora há uma semana no local, já sentiu na pele o que a escuridão e a falta de segurança traz aos moradores. “Mesmo com grades e janelas em casa, ladrões entraram e fizeram a limpa em minha residência. Eles levaram todas as minhas ferramentos de trabalho. Tentamos registrar um boletim de ocorrência, mas o sistema estava fora do ar. Um absurdo”, comentou.

A publicitária Maria Inez, 50, também falou que os furtos são constantes no bairro. “Se você perceber a maioria das casas tem cerca elétrica, algumas com câmera de segurança, mesmo assim são furtadas. O que contribui para furtos, são as luminárias que estão quebradas e sem manutenção”, mencionou.

E essa não é a única reclamação da moradora. “Não temos asfalto, por isso as ruas são cheias de barro. Quando passa um carro, levanta poeira e dificulta nossa respiração. Também não temos esgoto e a iluminação é precária”, destacou Maria.

 

Ademir falou que no bairro não existe praça, creche e nem escola. (Foto: Marcelo Calazans)
Morando há 1 semana no bairro, Nestor já teve casa furtada. (Foto: Marcos Ermínio)

Os moradores que pagaram mais de R$ 150 mil pelas casas, segundo corretores, também reclamam da falta de área de lazer, creches e escolas no bairro. Segundo alguns, a parte reservada para estes empreendimentos, a prefeitura utilizou para abrigar pessoas que moravam no local que hoje passa a Avenida Interlagos.

“São duas quadras que serviram para fazer uma praça, escola, talvez, mas foram construídas 52 casas para esse pessoal que foi retirado de lá. O asfalto só foi feito na linha de ônibus, o restante das ruas ficou abandonado”, apontou o motorista Ademir de Oliveira da Silva, 57.

O operador de máquina Ailton Peixoto, 40, disse que as reclamações são as mesmas pelos vizinhos. “Todo mundo quer mais iluminação, porque a falta dela contribui para a violência. Está crítico aqui, alguém tem que olhar para nós”, finalizou.

Um e-mail foi enviado à assessoria de comunicação da prefeitura pedindo um posicionamento sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria, as perguntas feitas ao orgão não foram respondidas devido ao encerramento do expediente.

População também reclama da falta de asfalto e terrenos baldios, perigo para a dengue. (Foto: Marcos Ermínio)
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