Capital

PM diz que não havia denúncia contra policial que matou mulher

Danúbia Burema | 30/01/2011 16:26

Corporação aponta dois registros no qual PM aparece como vítima

Luciana morreu no posto de saúde, após ser atingida por tiro disparado pelo marido. (Foto: Orkut)
Luciana morreu no posto de saúde, após ser atingida por tiro disparado pelo marido. (Foto: Orkut)

A Polícia Militar informou nesta tarde que não foi encontrada nenhuma denuncia formal contra o soldado Paulo Cesar Lucas, de 42 anos, preso em flagrante hoje após matar a esposa, Luciana Chaves Farias, de 35 anos, em crime cometido no bairro Coophavilla, em Campo Grande.

De acordo com a assessoria da corporação, há apenas dois registros por violência doméstica no qual Paulo aparece como vítima. Não foram informadas as circunstâncias dos registros.

A PM informou oficialmente que quando é feita denúncia contra um policial militar em uma delegacia, cabe à Polícia Civil encaminhar o caso à Corregedoria e não havia nenhum registro contra o soldado.

Conforme a Polícia, Paulo foi autuado em flagrante e ficará a disposição da Justiça para responder pelo crime que cometeu.

As providências administrativas que serão tomadas em relação ao soldado ter usado a arma funcional, uma pistola .40, deverão ser definidas pelo comandante do batalhão dele. Depois de passar por perícia, a arma deverá ser devolvida à corporação.

De acordo com a PM, a Corregedoria acompanhará o inquérito instaurado pela Polícia Civil e acompanhará o caso “passo a passo”. A PM também informou que o fundo de assistência feminina da PM estará à disposição da família, assim como uma assistente social e uma psicóloga da instituição para acompanhamento das filhas do casal.

Crime - Luciana foi atingida por um tiro no abdômen e chegou a ser socorrida nesta madrugada, mas não resistiu ao ferimento e morreu no posto de saúde do bairro Coophavila.

Na versão do PM, Luciana chegou ao quarto onde ele dormia e arrombou a porta. Sem saber quem era ele pegou a arma e disparou contra ela. Já a família de Luciana alega que o corpo dela tinha sinais de estrangulamento e sinal de um tiro pelas costas.

O casal teve um relacionamento de 16 anos e estava separado há duas semanas. Luciana era agente de saúde e tinha três filhos com o soldado da Polícia Militar.

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