Capital

Pit bull Bolt transforma vida de família após invadir casa e matar Fiuk

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 19/01/2017 12:58
Bolt, o Pit bull que matou Fiuk. (Foto: André Bittar)
Bolt, o Pit bull que matou Fiuk. (Foto: André Bittar)

“Fiuk morreu porque foi me defender". O desabafo é da dona de casa Luzineide Simões Gois Souza, 51 anos, que teve o pinscher de estimação morto após ataque de um pit bull. O caso aconteceu na noite de ontem (18), na Rua João Adolfo Cintra, no Bairro Moreninha IV, em Campo Grande.

Por volta das 20h30, Luzineide preparava o jantar em casa, quando foi surpreendida por dois cães da raça pit bull, Bolt e Jade. “Pensei, vou morrer, e gritei socorro para meu filho vir me acudir, momento em que Fiuk foi para cima do cachorro para me defender”, lamenta.

Com uma dentada só, Bolt abocanhou o pinscher, chacoalhou e matou o animal. “Meu filho e eu ainda pegamos um banco de madeira e batemos na cabeça do cachorro até ele soltar nosso bichinho, mas o animalzinho não resistiu”, conta Luzineide.

A situação causou mal-estar entre a família de Fiuk e os donos do casal de cachorros. O caso foi parar na polícia.

Luzineide explica que os animais invadiram a residência dela porque o neto saiu e esqueceu o portão aberto, mas também critica os vizinhos que deixaram os bichos escaparem. “Eles quase me morderam. Só não aconteceu coisa pior, porque meu cachorrinho me protegeu”, lamenta.

Bolt e Jade brincam em terreno de casa (Foto: André Bittar)
Luzineide registrou o caso como omissão de cautela na guarda de animais (Foto: André Bittar)

Ainda conforme Luzineide, os mesmos cachorros já mataram e comeram um gato do filho dela. “Eles são treinados para matar animais de pequeno porte”.

Moradores do bairro há 5 anos, a vendedora Gisele Otto, 37 anos, e Thiago Souza, 32 anos, donos do casal de cachorros, lamentam o ocorrido e dizem que a situação foi um incidente. Eles não sabem como os animais escaparam. “Não sei quem abriu o portão, mas meus cachorros não são violentos, tanto que não atacaram ninguém na rua”, afirma Gisele.

O casal explica que os animais são cães de guarda e cuidam da casa que na maior parte do tempo fica sozinha. “A gente trabalha o dia inteiro. Na hora que cheguei, o filho da vizinha queria matar meu cachorro. Eu disse que não adiantava fazer isso, porque essa atitude não ia ressuscitar o cão dele”, conta.

Revoltada com a situação, Luzineide registrou o caso na Polícia Civil e espera que sejam tomadas providências. Já a dona dos cães que atacaram Fiuk diz que está ciente da situação. "A gente vai responder por isso. Meu medo é que amanhã meus animais amanheçam mortos". 

Hoje de manhã, Bolt se exibia para a equipe de reportagem (Foto: André Bittar)
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