Capital

PF faz buscas em operação contra fraude que chegou a superfaturar 992%

Federais saíram da Superintendência da Polícia Federal logo cedo e cumprem mandado em empresa de design

Bruna Pasche e Mirian Machado | 14/02/2019 08:06
Policiais saíram por volta das 7h da sede da Polícia Federal para cumprir os mandados. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais saíram por volta das 7h da sede da Polícia Federal para cumprir os mandados. (Foto: Henrique Kawaminami)

Agentes da Polícia Federal cumprem 11 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (14), em Campo Grande. A PF está em uma empresa que já prestou serviço de publicidade para a Caravana da Saúde.

A “Operação Aprendiz” cumpre mandados expedidos pela 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, em 1 residência e também em empresas ligadas ao ramo gráfico e de publicidade.

Também fazem parte da força-tarefa que investiga fraudes em licitações e superfaturamento de contratos para o desvio de dinheiro público, a CGU (Controladoria-Geral da União) e MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

"A investigação tem como objetivo apurar a aquisição superfaturada de cartilhas educativas pela Secretaria de Estado da Casa Civil, entre os meses de junho de 2015 e agosto de 2016". Segundo a apuração, "até o momento o prejuízo causado aos cofres público do Estado estaria estimado em R$ 1.600.577,00", informa a Polícia Federal em nota.

Agentes saíram da sede da PF logo pela manhã para cumprir mandados de busca e apreensão. Segundo a PF  "a análise dos documentos pela CGU revelou, em relação a apenas uma das cartilhas adquirida pela Secretaria de Estado da Casa Civil em junho de 2015, com intermediação de Agência de Publicidade, um sobrepreço de 992%."

Na rua - Uma camionete Amarok descaracterizada de cor branca saiu primeiro da sede com vários agentes. Em seguida, uma viatura caracterizada e com o giroflex ligado, com quatro agentes federais e um da CGU se dirigiu até uma agência de publicidade.

A empresa prestou serviço para o Governo do Estado, desenvolvendo materiais informativos para a Caravana da Saúde. Até o momento, ninguém atendeu os federais que chamaram um chaveiro para abrir a porta.

As apurações relacionadas a Operação “Aprendiz” seguem sob a responsabilidade da 30ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio da PF e da CGU.

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