Capital

Permuta de área pode garantir 150 casas populares para a Capital até 2024

Ideia consiste em vender áreas públicas bem avaliadas e fazer com que o empreendedor construa as moradias

Lucia Morel | 28/02/2022 17:17
Terreno público na Avenida Ricardo Brandão, esquina com a Levinda Ferreira, no Jardim dos Estados. (Foto: Kísie Ainoã)
Terreno público na Avenida Ricardo Brandão, esquina com a Levinda Ferreira, no Jardim dos Estados. (Foto: Kísie Ainoã)

Modalidade inédita para construção de casas populares deve ser implementada em Campo Grande até o meio deste ano pela Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários). A permuta de área pretende viabilizar de 100 a 150 moradias para as camadas mais vulneráveis da população, que são as famílias que ganham até R$ 1,8 mil ao mês.

Diretor de atendimento, administração e finanças da agência, Cláudio Marques Costa Júnior explica que o projeto já existe em outros estados, mas na Capital, é a primeira vez que será experimentado. “Esperamos que dê certo”, torce.

A ideia consiste em vender áreas públicas bem avaliadas e fazer com que o empreendedor que a compre se comprometa a construir casas populares ou pague a prefeitura com o valor de mercado do terreno.

Atualmente, o município, conforme Cláudio, tem cerca de 15 áreas em condições adequadas para esse tipo de transação e elas devem fazer parte de edital de licitação a ser aberto ainda no primeiro semestre deste ano. 

“A gente pretende implementar esse projeto ainda no primeiro semestre, lançando o edital. Mas a gente precisa avançar com esse edital e verificar se vai ser uma experiência boa”, enumera o diretor.

Desses terrenos, além de estarem localizados em áreas nobres e valorizadas, também estão “parados”, ou seja, sem projeto de uso pelo Poder Público e gerando problemas, como necessidade de limpeza frequente.  

“É a primeira vez na história da cidade que se vai tentar esse tipo de procedimento. Todas essas áreas são de domínio público e já estão mapeadas. Precisamos finalizar esse estudo, com os valores de avaliação, porque tem que valer pro empreendedor e pra gente”, comenta.

Uma delas, fica na avenida Ricardo Brandão esquina com a rua Levinda Ferreira e tem 2.580 metros quadrados. No laudo preliminar de avaliação, ela custa R$ 1,037 milhão”, citou Cláudio, lembrando que por esse valor, seria possível construir quase nove casas. “Mas temos de 10 a 15 áreas para permuta e assim, pretendemos construir de 100 a 150 casas”.

Quanto à faixa de renda das pessoas beneficiadas, o diretor afirma que famílias que ganham até R$ 1,8 mil não têm sido contempladas pelos programas federais que repassam recursos a estados e municípios, por isso, a permuta foi a saída encontrada pela prefeitura para preencher essa lacuna.

A Amhasf pretende entregar essas unidades habitacionais até 2024, caso todas as áreas disponíveis sejam vendidas.

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