Capital

Perícia vai comparar moto apreendida com PM à usada por matadores

Marta Ferreira | 07/03/2012 18:29
Moto tem as mesmas características da que foi utilizada pelos bandidos que mataram um e balearam outro no dia 23 de fevereiro na rua Rio Grande do Sul. (Foto: Moisés Palácios/Jornal OEstado)
Moto tem as mesmas características da que foi utilizada pelos bandidos que mataram um e balearam outro no dia 23 de fevereiro na rua Rio Grande do Sul. (Foto: Moisés Palácios/Jornal OEstado)

A motocicleta apreendida pela Polícia Civil hoje, na casa do policial militar aposentado Nelson Barbosa Oliveira, vai passar por perícia para identificar se é o mesmo veículo usado pela dupla que executou Andrey Galileu Cunha, 30 anos, no dia 23 de fevereiro. No mesmo dia, Pedro Lauro Gonçalves, motorista do Siena em que Andrey estava, foi baleado.

O veículo foi apreendido esta manhã, durante operação da Polícia Civil na casa de Oliveira, que foi detido e ouvido como parte do inquérito e depois liberado. É uma XT 660, cujas características batem com a do veículo que aparece nas imagens de comércios que ficam no trecho feito pela dupla de matadores.

As características do crime levam a crer que os bandidos usaram uma moto potente para que a dupla tivesse uma rota de fuga mais rápida do local do acidente.

Além da comparação das imagens, a investigação também deve levar conta outros aspectos apurados até agora, entre eles os depoimentos dados pelas pessoas no local.

O delegado responsável pelo inquérito, Wellington Oliveira, informou que a operação de hoje foi feita após seis denúncias levantarem suspeita sobre o policial aposentado. Como a investigação está em sigilo, ele não forneceu mais detalhes.

Com ordem judicial, foram aprendidos também um computador, documentos e uma capa de chuva. Nas imagens captadas, os bandidos usavam uma capa.

Suspeito-O policial aposentado ficou 3 horas na delegacia. Ao sair, negou envolvimento com o crime e atribuiu a suspeita contra ele ao fato de ser réu em outro processo, pelas mortes do geólogo húngaro Nicolau Ladislau Ervin Haraly e do empresário Antônio Ribeiro Filho, no Guarujá, em São Paulo, ocorridas em 2004. Ele é alvo de outras denúncias de pistolagem.

No processo pelas mortes no Guarujá, também são réus o ex-policiais civis Eduardo Minari Higa e Ezequiel Leite, ambos à época ligados ao Garras

(Delegacia Especializada de Repressão de Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Também é réu Alberto Aparecido Roberto, o Betão, à época funcionário da Secretaria de Fazenda, alvo de outras denúncias envolvendo crimes de pistolagem.

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