Capital

Pedido para dois reajustes na tarifa de ônibus em apenas 1 ano trava negociação

A expectativa é que o preço final para o usuário seja de R$ 4,80

Por Aline dos Santos | 20/12/2023 12:21
Passageiros em ônibus do transporte coletivo, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Passageiros em ônibus do transporte coletivo, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

A definição da tarifa do transporte coletivo em Campo Grande vive um impasse porque já teve um reajuste neste ano e não é possível aplicar um segundo aumento, como o exigido pelo Consórcio Guaicurus, ainda em 2023. 

Para que isso ocorra, a prefeitura precisa que a Câmara Municipal aprove projeto de lei autorizando dois reajustes da tarifa do ônibus em 12 meses. Contudo, a última sessão do Poder Legislativo foi realizada ontem.

Conforme apurado pela reportagem, as tratativas entre a administração municipal e o consórcio, que venceu licitação para explorar o serviço, demoraram porque o grupo enviou só no fim de outubro o percentual de reajuste para os motoristas (4,14%), um dos componentes da tarifa técnica. Há rumor de greve da categoria para forçar o aumento. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, Demétrio Ferreira de Freitas, o vale (adiantamento salarial) previsto para ser depositado nesta quarta-feira (dia 20), ainda não foi pago.

“Recebemos uma notificação do Consórcio Guaicurus informando que não vai conseguir cumprir o adiantamento salarial porque não tem dinheiro para pagar. Estamos aguardando o pagamento do vale até sexta-feira. Caso isso não aconteça, aí a gente toma as medidas. Pode até ser uma paralisação. O que a gente quer é receber”, afirma. 

Na tarde de terça-feira (dia 19), a tentativa de conciliação entre a prefeitura e o consórcio terminou frustrada. O desembargador Eduardo Machado Rocha mediou a audiência. É dele a decisão que suspendeu a liminar de 1º grau que garantia ao consórcio a aplicação de nova tarifa ainda neste ano.

Na semana passada, a tarifa técnica foi definida em R$ 5,95, que é o valor cheio da passagem, sem as isenções comumente aplicadas pelo município.  Abaixo da solicitação da empresa, que era de R$ 7,80. Como parte da tarifa é subsidiada pela prefeitura e governo do Estado, o preço final para o usuário será de R$ 4,80. Atualmente, o preço é de R$ 4,65. 

O Campo Grande News solicitou informações ao Consórcio Guaicurus, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria. 

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