Capital

Passadinha rápida em posto vira confusão entre pecuarista e policial

Luana Rodrigues | 22/09/2015 11:46
Gravação mostra parte da confusão. (Foto: Reprodução/ Print)
Gravação mostra parte da confusão. (Foto: Reprodução/ Print)
Rafael se certificou que valor havia sido debitado duas vezes por meio de aplicativo do celular. (Foto: Reprodução/ Print)

O que era para ser uma passadinha  no posto de combustíveis antes de seguir para o trabalho, transformou-se em caso de polícia. Por volta das 6h desta segunda-feira(21), o pecuarista Rafael Arantes Bispo, 32 anos, disse que abasteceu o carro em um posto na avenida Consul Assaf Trad, no bairro Coronel Antonino, na saída para Cuiabá. O valor registrado na bomba foi de R$ 85,57, no entanto, foram debitadas duas cobranças em sua conta, já que ele pagou com o cartão. Na tentativa de estornar uma das cobranças, começou uma confusão no posto e o cliente alega que foi agredido pelo policial militar Alberto Fabiano de Arruda, que "apareceu" no local.

Conforme o pecuarista, ao perceber que o valor havia sido debitado duas vezes em sua conta, ele tentou argumentar com a frentista. "Eu passei o cartão uma vez e ela disse que não tinha debitado, então passei novamente e consultei o saldo pelo celular, momento em que vi os dois débitos. Eu disse a ela que estava vendo que tinha cobrado duas vezes, mas ela nem quis olhar", conta.

Diante da situação, o pecuarista disse que se recusou a tirar o carro da frente da bomba, até que alguém "resolvesse seu problema" e estornasse um dos valores, porém, segundo ele, os frentistas se recusaram. 

Ainda segundo Rafael, cerca de 1 hora depois o Policial Militar identificado como Alberto Fabiano de Arruda chegou ao local, momento em que o pecuarista começou a gravar o que ocorria. No vídeo, o homem vai até o cliente, que pergunta: "É você que vai resolver meu caso, amigo?". O policial então quer saber: "Mas o que aconteceu?". Após a explicação do cliente, o PM questiona o porquê do rapaz estar filmando e dá um tapa nas mãos dele, fazendo com o aparelho caia e a gravação seja interrompida.

Rafael afirma que depois disso foi preso e encaminhado a Depac(Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde o policial registrou um boletim contra ele por resistência.

No registro, o PM afirma que, "observando a situação, e buscando preservar a integridade física do frentista, identificou-se como Policial Militar, e deu voz de prisão o autor. Mas o autor estava de posse de celular filmando os fato, indo em direção da vitima, para agredi-lo. E com apoio de uma guarnição da PM, efetuaram a prisão do autor, sendo necessário o uso de algemas, pois o autor estava muito exaltado, assim preservando a integridade física de terceiros, bem como das vitimas e autor. "

Segundo o BO, o policial contou ainda que foi ameaçado pelo pecuarista, que disse: "Eu sou influente, isso não vai ficar assim".

O pecuarista afirma que ficou detido por cerca de 2 horas e foi impedido de registrar um boletim contra o policial. "Fui preso, colocado em uma viatura como um bandido, fiquei totalmente constrangido, além disso, perdi um dia de trabalho. Já acionei um advogado e vou registrar uma denúncia junto a corregedoria da PM", disse.

O Campo Grande News entrou em contato com o proprietário do posto, que pediu para não ser identificado, e apenas disse que "o rapaz está usando a imagem do posto sem autorização. Só iremos nos pronunciar sobre o caso em juízo".

Já a assessoria de imprensa da PM, confirmou que Alberto se trata de um policial militar, mas informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre o ocorrido, por isso também não irá se manifestar ainda.

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