Capital

Paralisação de professores da rede municipal deixa 101 mil estudantes sem aula

Flávia Lima e Luana Rodrigues | 19/05/2015 08:52
Escolas ficaram vazias na manhã desta terça-feira
Escolas ficaram vazias na manhã desta terça-feira

Obedecendo decisão de assembleia realizada semana passada, os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) não compareceram às escolas para dar aula na manhã desta terça-feira (19) e devem deixar 101 mil estudantes sem aulas. Nos colégios visitados pelo Campo Grande News, apenas funcionários administrativos estavam no local avisando os pais e alunos que desconheciam a paralisação de 24 horas.

Em uma das maiores escolas da região central, a “Arlindo Lima”, que conta com 700 alunos, de acordo com informações de funcionários, apenas dois alunos apareceram logo cedo. Eles não haviam se atentado ao bilhete distribuído nesta segunda-feira (18). Para avisar sobre a paralisação, funcionários ficaram no portão orientando os pais.

Também na escola “Geraldo Castelo”, na Vila Castelo, o0nde estudam 544 alunos da pré-escola ao 5º ano, apenas uma mãe apareceu levando o filho. Ela relatou que estava viajando e como os filhos haviam faltado, não sabia da decisão dos professores.

Paralisação – A ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) convocou greve de 24 horas pelo reajuste para amanhã. Nesta terça-feira, os 8,7 mil professores não darão aulas e vão participar da assembleia no sindicato às 7h30 e depois de manifestação na Câmara Municipal.

Segundo informativa da entidade, eles vão pedir o apoio dos vereadores para que o prefeito Gilmar Olarte (PP) cumpra a lei municipal que determina o pagamento do piso nacional para jornada de 20 horas. Atualmente, o valor está defasado em 13,01%, porque o reajuste do piso não foi repassado à categoria em janeiro deste ano.

Se não houve avanço nas negociações, eles ameaçam aprovar greve por tempo indeterminado.

Esta é a segunda paralisação no mês na Capital. No dia 4 de maio, os servidores administrativos deixaram milhares de estudantes sem aulas porque fizeram uma paralisação por reajuste salarial.

O presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, participa do depoimento de Prado à CPI e discorda dos números. Ele não inclui os gastos com a educação na folha do funcionalismo municipal, que representa 52% da receita, o limite máximo previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Pais que não sabiam da paralisação encontraram portões fechados, mas foram atendidos por funcionários administrativos
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